VIDA URBANA
Polícias darão proteção às mulheres de CG
Programa 'Mulher Protegida' irá oferecer assistência jurídica para mulheres vítimas de violência e fiscalizar medidas de proteção.
Publicado em 02/11/2013 às 6:00 | Atualizado em 18/04/2023 às 17:37
Unir forças para combater os casos de violência contra a mulher em Campina Grande. É esse o objetivo do programa 'Mulher Protegida', lançado na manhã de ontem na Central de Polícia. O programa vai envolver as polícias Civil e Militar, bem como a Defensoria Pública da Paraíba.
Conforme explicou a delegada da Mulher, Herta de França, as duas prioridades do programa serão a prestação de assistência jurídica para as vítimas de violência, seja ela por razões domésticas ou não, e a fiscalização do cumprimento das medidas protetivas em favor dessas mulheres.
Para isso, um núcleo da Defensoria Pública funcionará dentro da Delegacia da Mulher. De acordo com o defensor público geral da Paraíba, Vanildo Brito, atuarão em conjunto com a polícia um defensor público e dois estagiários.
“Caso a demanda seja maior, poderemos disponibilizar mais profissionais para atuar nesse importante projeto, que busca oferecer alento e proteção para as mulheres vítimas de violência”, ressaltou.
Conforme Herta de França, a Polícia Civil e a Defensoria Pública ficarão responsáveis pela investigação e acompanhamento dos casos, enquanto que a Polícia Militar, dentro do sistema de policiamento por quadrantes, também fiscalizará o cumprimento das medidas protetivas.
“Hoje temos mais de 300 medidas protetivas expedidas na cidade. Como são muitos casos, e por enquanto não temos condições de acompanhar a todos de perto, vamos priorizar os casos mais graves, como os que há registro de reincidência, registro de tentativa de homicídio, ou mandado de prisão expedido”, salientou.
Já o secretário de Segurança e Defesa Social, Cláudio Lima, destacou que o 'Mulher Protegida' será implantado em João Pessoa nos próximos meses e também está sendo estudada a sua ampliação para outros municípios do interior. A decisão de iniciar o programa por Campina Grande, ressaltou ele, ocorreu porque a Delegacia da Mulher na cidade já vinha desenvolvendo um projeto para unir forças contra os casos de violência.
Além disso, destacou o secretário, mesmo tendo reduzido os casos de violência contra a mulher no Estado, ainda são preocupantes os números de violência contra a mulher nos grandes centros urbanos. Só de janeiro a agosto deste ano, 86 mulheres foram assassinadas na Paraíba, enquanto que no mesmo período de 2012 foram contabilizadas 101 mortes.
“O governo do Estado está empenhado em coibir os crimes contra a mulher e conseguimos reduzir as estatísticas. Mesmo assim, mais ações são necessárias e, em um segundo momento do programa, vamos anunciar investimentos em tecnologia para ajudar no combate a esses crimes”, acrescentou.
Ao falar sobre o programa, a secretária executiva da Mulher e da Diversidade Humana, Nézia Gomes, destacou que o trabalho integrado vai garantir os direitos da mulher vítima de violência.
“Os números de violência vêm aumentando nos últimos anos, mas isso não significa que a violência aumentou. As mulheres estão criando coragem, acreditando no governo e na Justiça, e nós estamos prontos para dar o apoio que elas precisam”, afirmou.
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