VIDA URBANA
População da cidade de Santa Rita reclama de lixo acumulado nas ruas
Moradores reclamam que a coleta de lixo não está sendo feita com frequência, principalmente após as últimas eleições municipais
Publicado em 20/11/2012 às 6:00
Mau cheiro, proliferação de ratos e baratas, além de contaminação de doenças, como disenteria e leptospirose.
Essas são algumas causas do lixo acumulado em vias públicas e do esgoto a céu aberto, em Santa Rita, Região Metropolitana de João Pessoa. Os moradores alegam que a coleta de lixo não está sendo feita com frequência, principalmente após as últimas eleições municipais. Já o secretário de Infraestrutura, Werisson Duarte, garante que o serviço é feito três vezes por semana e passou por falhas devido à falta de compromisso da empresa contratada para a coleta, mas que o problema já foi sanado.
Moradores da rua Santa Maria, no bairro Várzea Nova, convivem com a fedentina oriunda do esgoto e do lixão existente em um campo de futebol, que por ironia é localizado ao lado da casa de um vereador do município. "À noite não conseguimos dormir com o mau cheiro que vem com o vento. Durante o dia, as crianças brincam no local, correndo o risco de pegar doença, pois há muito tempo que tem esse lixão e nada foi feito”, relatou o morador Severino do Ramo, 37 anos.
Nas ruas da cidade a realidade é a mesma, pois, segundo a população, o carro de lixo já não passa há mais de uma semana, como na rua da Mangueira, que teve a situação agravada após as eleições para prefeito na cidade, como afirmou o motorista Alberto da Silva, 32 anos. “Antes das eleições, o carro de lixo passava um dia sim e outro não, mas agora já faz mais de oito dias que não coletam o lixo e essa tem sido a frequência do serviço, uma vez por semana ou a cada 15 dias”, disse.
Com isso, o lixo fica acumulado em canteiros, terrenos baldios e até mesmo próximo a locais de diversão infantil, como ao lado de um parque, que segundo a aposentada Dominga da Conceição, 65 anos, as crianças brincam em meio ao lixo porque não há coleta frequente no local.
Por outro lado, o secretário de Infraestrutura da Prefeitura Municipal de Santa Rita, Werisson Duarte, disse que a empresa Ambiental, que realizava o serviço de coleta de lixo, apresentou problemas e não estava mais cumprindo o contrato, mas que a prefeitura já contratou dez caçambas para inicialmente fazer a limpeza emergencial e depois seguir com a coleta diária.
Sobre o lixão, o secretário informou que o local foi feito ponto de lixo, pelos próprios moradores, durante o período em que a região ficou sem coleta. “Em todo caso, já retiramos uma parte do lixo e o restante será coletado, conforme a normalização do serviço”, afirmou.
Werisson Duarte disse ainda que o município teve dois projetos de saneamento básico aprovado pelo Ministério das Cidades, com a ressalva de que a prefeitura ficaria responsável pela parte técnica e a execução pela Companhia de Água e Esgotos do Estado (Cagepa). “Os dois projetos são referentes aos bairros Várzea Nova e Odilândia. Ambos já foram iniciados, na verdade, desde a gestão de Cássio (Cunha Lima), mas como teve problemas com a empresa que ganhou a licitação na época, as obras foram paralisadas. No entanto, já foram retomadas, mas não temos previsão de conclusão. O próximo projeto, que ainda aguarda aprovação, será para o esgotamento total do bairro Marco Moura”, pontuou.
Ao concluir, o secretário ressaltou que a falha ocorrida na coleta de lixo, não tem relação política, mas sim pelo não cumprimento da empresa contratada para o serviço.
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