VIDA URBANA
Presos em operação no concurso da UFPB já eram investigados por fraude em outras provas
Polícia Federal deu maiores detalhes sobre a operação em entrevista coletiva nesta segunda-feira (8).
Publicado em 08/04/2019 às 12:06 | Atualizado em 08/04/2019 às 18:09
Os presos na Operação Ponto Final, que desarticulou uma tentativa de fraude no concurso da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), já eram investigados por ações semelhantes em outras seleções. A informação foi divulgada pelo delegado da Polícia Federal Fábio Maia de Faria, responsável pela operação de domingo (7), em entrevista coletiva nesta segunda-feira (8). Um dos presos, inclusive, foi alvo da Gabarito, megaoperação desencadeada em maio de 2017.
“Tínhamos algumas investigações em andamento, é de conhecimento público que outras forças policiais da Paraíba fizeram operações visando fraudes em concurso. O Núcleo de Inteligência de Operações Policiais fez um levantamento de pessoas relacionadaas com fraudes anteriores e que estavam inscritas para fazer a prova da UFPB. Verificamos que cinco ou seis pessoas suspeitas de cometerem fraudes estavam inscritas pára fazer essas provas”, disse Fábio Maia.
Com essa informação, a PF designou duplas de policiais para os locais onde os suspeitos fariam as provas. As prisões da operação aconteceram no campus da UFPB em Rio Tinto e em uma escola particular localizada no bairro de Mangabeira, em João Pessoa.
O delegado explicou que no caso de Rio Tinto os agentes estavam em busca de um único suspeito e se surpreenderam quando ele chegou com outros dois. “Os três foram para a mesa sala. Os policiais verificaram que eles estavam com comportamento estranho, estavam imóveis. Sairam mais de uma vez para irem ao banheiro, cadu um deles, e demoravam muito. Eles estavam recebendo respota a partir de uma dispositivo eletrõnico”, destacou Fábio Maia.
Depois das provas os três foram abordados pelos policiais, que localizaram dispositivos eletrônicos nas roupas íntimas deles, como relógios inteligentes e celulares. Um deles tentou fugir e os outros ainda tentaram destruir as provas.
Os três presos, segundo a PF, são do estado de Pernambuco. Um deles tinha sido investigado na Operação Gabarito, mas não chegou a ser preso nessa época. Ao menos dois são funcionários públicos.
A outra prisão aconteceu no bairro de Mangabeira. O delegado disse que a situação foi diferente, pois o suspeito não chegou a entrar na sala para fazer a prova. A equipe de segurança do concurso identificou que o candidato estava usando um receptor no cinto, no formato de cartão de crédito, e tinha um ponto eletrônico no ouvido.
O inquérito para investigar o caso foi instaurado e os suspeitos devem passar por audiência de custódia nesta segunda-feira. O delegado Fábio Maia disse que a PF vai investigar a participação de outras pessoas na fraude, como por exemplo, as que estariam passando as informações para os presos. No entanto, ele ressaltou que não poderia apresentar maiores detalhes para não prejudicar a investigação.
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