VIDA URBANA
Problemas de locomoção e no mercado de trabalho
Em Campina Grande, deficientes enfrentam diversas dificuldades, entre elas, a de usar com segurança os transportes públicos.
Publicado em 01/03/2012 às 6:30
Em Campina Grande, a Associação dos Deficientes Físicos do Compartimento da Borborema apontou que existem mais de 20 mil deficientes físicos cadastrados e os problemas enfrentados por eles são comuns no dia a dia. Quem sofre de alguma deficiência física sente na pele as dificuldades ao utilizar o transporte público, ir ao Centro da cidade fazer compras ou mesmo ir ao banco.
Conforme o vice-presidente da Associação, Josias Paulino de Oliveira, a cidade ainda não está preparada para proporcionar acessibilidade. Ele enfatizou que as maiores dificuldades são registradas no sistema de transporte público. “Os deficientes físicos muitas vezes são maltratados de ônibus e os motoristas ignoram a presença deles”, disse Josias.
Somente no ano passado, a Associação registrou três acidentes envolvendo deficientes em paradas de ônibus. Outro problema destacado por Josias diz respeito ao mercado de trabalho, já que muitas empresas não cumprem a lei de colocar em seu quadro de funcionários pessoas com deficiência.
A Associação dos Deficientes Físicos diariamente dá apoio às pessoas que procuram a instituição. “Nós damos apoio jurídico e encaminhamos os deficientes para terem acesso aos serviços de saúde”, finalizou Josias.
O presidente do Sindicato das Empresas de ônibus de Campina Grande, Noaldo Cabral, lembrou que as empresas têm investido para tornar os veículos adaptados às pessoas portadoras de algum tipo de deficiência. Ele adiantou, por exemplo, que atualmente mais de 50 ônibus que circulam pela cidade já possuem os equipamentos. “Só na minha empresa nós temos cerca de 15. E a nossa orientação é prestarmos um serviço cada vez melhor também para esse público”, reforçou.
Comentários