Professores da UEPB entram em greve por tempo indeterminado

Os professores da Universidade Estadual da Paraíba decretaram na manhã desta sexta-feira (19) greve por tempo indeterminado. A decisão foi tomada numa assembleia geral do sindicato da categoria, que reivindica um reajuste salarial de 8% e melhoria das condições de trabalho. A decisão surpreendeu o reitor da UEPB, Rangel Júnior, que lamentou os inúmeros prejuízos que os estudantes sofrerão com a paralisação.

A decisão de paralisar surpreendeu muitos alunos, já que a pauta da assembleia dos professores continua apenas a apreciação de um indicativo de greve, que caso fosse aprovado determinaria uma data e uma nova assembleia para a deflagração da paralisação.

Entre as reivindicações dos professores estão um reajuste salarial de 8%, retroativo a janeiro, quando acontece a data base da categoria e a melhoria das condições de trabalho, além do fim das práticas que precarizam o regime de trabalho, como a contratação de substitutos e a não realização de concursos para professores efetivos.

A greve foi decidida numa assembleia geral da ADUEPB, realizada no Auditório do Departamento de Psicologia, no Campus de Campina Grande, mas vale também para os campi de João Pessoa, Lagoa Seca, Guarabira, Monteiro, Patos, Araruna e Catolé do Rocha. 37 professores votaram a favor e 15 contra e 07 de abstiveram.

Atualmente nenhuma negociação entre o sindicato dos professores e o Governo do Estado está em andamento. O reitor da UEPB, Rangel Júnior, disse foi surpreendido pela decisão e que os maiores prejudicados são os estudantes, que ficarão impedidos de concluir o semestre letivo.

Hoje, a UEPB possui 1.300 professores e cerca de 24 mil alunos. Os técnicos-administrativos da instituição já estão em greve desde o início de março.