VIDA URBANA
Profissionais de CG vão participar de programa sobre microcefalia
Cidade está entre os seis municípios brasileiros que foram contemplados com o projeto.
Publicado em 27/06/2016 às 13:13
Os profissionais da saúde de Campina Grande que atuam no cuidado de crianças com microcefalia vão contar um reforço nos próximos meses. Isso porque a cidade está entre os seis municípios brasileiros que foram contemplados com o projeto do Laboratório de Formação do Trabalhador de Saúde no Contexto da Microcefalia (Zikalab), um programa que vai oferecer capacitação a esses profissionais para aperfeiçoar o atendimento às crianças com microcefalia. A formação vai ser viabilizada por meio de ensinamentos sobre monitoramento dos casos, diagnóstico, prevenção, estímulo do recém-nascido e apoio às mães ou gestantes.
As informações estão de acordo com a Secretaria Municipal de Saúde e a previsão é de que o treinamento comece a partir do mês de outubro desse ano, sendo oferecido para 200 profissionais que vão se dividir em quatro turmas. No próximo mês de julho representantes do Zikalab vão estar em Campina Grande para acertar os detalhes dessa parceria, que foi anunciada na semana passada, em Brasília, pelo Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (CONASEMS).
A formação abrange médicos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas e outros profissionais de nível superior da rede de atenção às crianças com microcefalia, além dos Agentes Comunitários de Saúde. A diretora de vigilância em saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Eliete Nunes, explicou que “os profissionais que participarem do projeto atuarão como multiplicadores e repassarão as noções para os outros trabalhadores”.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, Campina Grande foi escolhida para participar do projeto porque se tornou referência no cuidado humanizado às crianças e famílias de bebês com microcefalia, oferecendo, inclusive, treinamentos para profissionais de outras cidades. O serviço de referência no tratamento à microcefalia e outros distúrbios, causados pela Síndrome Congênita do Zika Vírus, foi criado em novembro do ano passado e funciona no Hospital Municipal Pedro I. O ambulatório atende mais de 70 bebês e já prestou assistência para mais de 600 mulheres grávidas com sintomas de zika.
Outras cidades contempladas
As outras cidades contempladas são Recife (PE), Salvador (BA), Araguaína (TO), Juiz de Fora (MG) e Cuiabá (MT). O projeto é realizado pelo CONASEMS, em parceria com a empresa Johnson & Johnson e com o Instituto de Apoio e Pesquisa ao Desenvolvimento Social (IPADS). A medida atende ao Plano Nacional de Humanização (PNH).
Dados do Ministério da Saúde
De acordo com o boletim do Ministério da Saúde, que compreende o período de agosto de 2015 a 18 de junho de 2016, há atualmente 145 casos confirmados de microcefalia na Paraíba. Ainda conforme o boletim, 287 casos da malformação e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita estão sendo investigados e 457 já foram descartados. O Estado já registrou 887 notificações de 2015 a 2016. Em todo o país, foram 8.039 casos suspeitos no mesmo período.
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