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VIDA URBANA

Promotoria constata irregularidades no hospital São Vicente de Paulo

Unidades do PSF também estão em situação irregular.

Publicado em 14/04/2011 às 19:41

Da Redação
Com Ascom MPPB

Medicamentos vencidos, ambientes improvisados, falta de médicos e enfermeiros, lixo, problemas de climatização e superlotação. Esses foram alguns dos problemas encontrados, nesta quinta-feira (14), no Hospital São Vicente de Paulo e nas Unidades do Saúde da Família do Distrito Mecânico I e II pela Promotoria de Justiça da Saúde da Capital e pelos Conselhos Regionais de Medicina, Farmácia, Odontologia, Enfermagem, Engenharia e Arquitetura, Serviço Social, Nutrição e Vigilância Sanitária.

De acordo com o promotor de Justiça da Saúde, João Geraldo Barbosa, no hospital filantrópico, os 12 leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) estavam ocupados e a equipe, desfalcada. “As normas técnicas do Ministério da Saúde determinam que deve haver um médico para cada dez leitos de UTI, uma enfermeira para cada cinco leitos e um técnico de enfermagem para cada três leitos. Apesar disso, o hospital só dispunha de um médico e de uma enfermeira para atender os 12 pacientes”, comparou.

Na emergência do hospital, o número de médicos e enfermeiros também é insuficiente. “Constatamos que havia apenas um médico para atender 30 pacientes da emergência”, disse o promotor.

Espera angustiante

A equipe também se deparou com pacientes que aguardam há meses por procedimentos como angioplastia. O usuário Marcelo de Oliveira Lima espera desde o dia 8 de fevereiro pelo procedimento. A demora para conseguir a cirurgia pode ser uma das explicações para o grande número de cirurgias de amputações a que são submetidos os pacientes.

Várias pessoas aguardavam internamento no momento da inspeção, enquanto isso, o hospital estava com uma enfermaria vazia e três leitos desocupados.

Higiene

A equipe de inspeção também encontrou lixeiras destampadas na enfermaria cirúrgica e coletores de lixo perfurocortantes em cima de um balcão, junto com medicamentos. Algumas caixas de solução para diálise e seringas que deveriam estar na farmácia do hospital foram encontradas no chão da enfermaria que atende pacientes renais.



No telhado do hospital, havia muito lixo (inclusive copos descartáveis com água, o que pode servir como criadouros para o mosquito da dengue) e até uma paradeira.

Medicamentos vencidos

O Conselho Regional de Farmácia flagrou medicamentos controlados e termolábeis, como o Mytedom e o Lipeodol, por exemplo, com prazo de validade vendido desde fevereiro e março, respectivamente. Os produtos foram apreendidos pela Vigilância Sanitária.

No Centro de Hemodinâmica, a Vigilância Sanitária também apreendeu 12 ampolas do medicamento Dopacris (vasodilatador usado para hipertensão) vencidas desde fevereiro deste ano. “Encontramos até adrenalina usada para casos de parada cardíaca vencida desde agosto de 2010”, criticou João Geraldo.



Saúde da Família

Nas unidades da Estratégia Saúde da Família do Distrito Mecânico I e II, a equipe de inspeção constatou a falta de vacinas desde o dia 28 de março. Segundo a direção, o serviço foi desativado porque a geladeira apresentava problemas. “Em razão disso, a insulina vem sendo mensalmente encaminhada pelo Distrito Sanitário em isopores para que seja distribuída no mesmo dia aos pacientes, que também têm que trazer seus próprios isopores para transportar o medicamento para casa”, explicou o promotor de Justiça.

A farmácia das unidades também não tem climatização adequada, o que compromete a eficácia de todos os medicamentos.

No PSF do Distrito Mecânico I só havia um autoclave para esterilizar os materiais odontológicos e de enfermagem. Já no II, não há médico e o consultório odontológico estava desmontado, pois desde dezembro de 2010 está desativado.

Interdição

Os Conselhos Regionais de Medicina, Odontologia e Farmácia reclamaram das péssimas condições das duas unidades do PSF e indagaram sobre a possibilidade de interdição do local. Os fiscais da Vigilância Sanitária do Município, por sua vez, informaram que só podiam se limitar a elaborar o relatório de inspeção das precárias condições dos serviços e a submeter o documento ao gerente da Vigilância Sanitária, a quem competiria decidir sobre a medida a ser tomada.

A Promotoria de Justiça vai aguardar os relatórios de inspeção dos conselhos para instruir procedimentos sobre o hospital e as unidades básicas de saúde com vistas a mover ações civis públicas contra as Secretarias de Saúde para cobrar a solução dos problemas.

Imagem

Jornal da Paraíba

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