VIDA URBANA
Protesto contra tarifa de ônibus
Estudantes da UFCG e UEPB interditaram o Terminal de Integração em Campina Grande, contra o aumento nas tarifas dos ônibus.
Publicado em 02/08/2014 às 6:00 | Atualizado em 04/03/2024 às 17:43
Estudantes da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) e instituições de ensino superior privadas de Campina Grande interditaram, na manhã de ontem, o Terminal de Integração durante protesto contra o reajuste da tarifa do transporte coletivo que passou de R$ 2,10 para R$ 2,20, um aumento de 4,7%. Parte do trânsito da avenida Floriano Peixoto ficou prejudicado e os motoristas enfrentaram transtornos.
A mobilização teve concentração na Praça da Bandeira, no centro da cidade, e seguiu em caminhada até o Terminal de Integração. Passageiros que esperavam a chegada dos ônibus tiveram dificuldades no embarque no local. Eles foram obrigados a embarcar na parte externa. Além do protesto contra o reajuste da tarifa, os estudantes reclamaram das condições do transporte e a estrutura dos pontos de ônibus nos bairros.
O protesto durou cerca de duas horas e ocorreu de forma pacífica, encerrando após a chegada da Polícia Militar. Os estudantes anunciaram reuniões com as entidades envolvidas e novas manifestações para a próxima semana caso a situação não seja discutida.
Para o coordenador geral do DCE da UEPB, Alberto Alves, faltou diálogo com os estudantes na decisão do aumento na tarifa. "Precisamos ampliar a representação de estudantes no Conselho Tarifário, que tem hoje apenas um estudante. É preciso uma reformulação urgente", disse.
Outra reclamação apresentada pelos estudantes é sobre a dupla jornada dos motoristas, após a demissão dos cobradores.
O estudante de Ciências Sociais da UFCG, Eduardo Martins, cobrou uma decisão sobre a situação. "É preciso discutir a situação, não é possível que este reajuste seja aceito. Faltou um debate com a sociedade e os estudantes", pontuou.
Pedro Medeiros, representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), questionou a falta de mobilidade urbana do município em benefício dos transportes coletivos. "É preciso discutir as melhorias para o sistema de transporte de nosso município, infelizmente, o que temos hoje é uma condição precária", comentou o sindicalista.
SITRANS AFIRMA QUE PASSAGEM É BARATA
O diretor institucional do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Campina Grande (Sitrans), Anchieta Bernardino, descartou as reclamações apresentadas pelos estudantes. "Essas reclamações inexistem. Quanto à tarifa, temos um dos valores mais baratos das cidades do Nordeste. Os cobradores foram demitidos em detrimento da implantação do sistema eletrônico para o uso de cartões pelos passageiros", afirmou.
A frota de ônibus em circulação diária em Campina Grande é de 200 veículos, o que atende ao número em cerca de 95 mil embarques.
Por sua vez, o prefeito Romero Rodrigues, através da assessoria, informou que a tarifa fica mantida em R$ 2,20, pois o reajuste é inferior à inflação anual que ficou em 5,9%.
Números do sistema de transporte coletivo
150 mil viagens mensais realizadas gratuitamente às pessoas com idade superior a 65 anos;
85 mil mensais realizadas gratuitamente às pessoas portadoras de deficiência;
45 mil estudantes beneficiados com o desconto de 50% na tarifa;
150 pontos de vendas para recarga dos cartões Passe Cidade e Passe Escolar.
Fonte: Sitrans
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