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VIDA URBANA

Racionamento de água afeta 99 municípios da Paraíba

Além das cidades com sistema de racionamento, outras 25 estão em colapso. Segundo a Cagepa, se chuvas continuarem escassas, racionamento pode ser ampliado.

Publicado em 19/12/2015 às 11:23


Com chuvas abaixo da média e a maior parte dos reservatórios do Estado em situação de emergência, a Companhia de Água e Esgotos da Paraíba (Cagepa) aumentou de 91 para 99 o número de municípios em racionamento. Segundo a empresa, cresceu também, de 22 para 25, a quantidade de cidades em colapso, que estão com o abastecimento totalmente interrompido. Se não houver mudanças no prognóstico climático, a diretoria de operações da empresa cogita ampliar ainda mais o número de municípios em racionamento.

“Se não chover até o mês de janeiro, há a possibilidade de que mais cidades entrem em racionamento. Esse critério é utilizado para estender o tempo de abastecimento de água no município porque entendemos que é melhor ter menos água do que água nenhuma. Então fazemos a avaliação, calculamos a evaporação, se existem outras retiradas e tomamos as providências necessárias. Cada estudo é feito de acordo com a realidade do manancial e uso pela população”, explicou o diretor de operações da empresa, José Mota. Segundo ele, dos 223 municípios da Paraíba, apenas 60 não enfrentam nenhuma restrição no abastecimento.

Para renovar a esperança da população de dias melhores, regiões como Cariri, Sertão e Agreste vêm registrando chuva, ainda que fraca, desde a última quarta-feira. Na quarta-feira choveu 17 minutos na cidade de Princesa Isabel, no Sertão do Estado. O instante foi cronometrado pela dona de casa Maria do Socorro Medeiros, que disse que chuva é algo tão raro ultimamente que mereceu atenção especial. Dona Socorro tem razão, do início do mês até agora, choveu em apenas 21 cidades paraibanas.

Conforme a meteorologista da Agência Executiva de Gestão das Águas (Aesa), Marle Bandeira, essas chuvas irregulares são normais dentro desse período e têm relação com um fenômeno climático chamado de 'vórtice ciclônico de altos níveis'. “Esse vórtice é como se fosse uma vírgula invertida, girando no sentido horário. Na sua borda há formação de nuvens causadoras de chuva. O normal é que as chuvas fossem mais significativas, mas como estamos sob influência do 'El Niño', as precipitações são mais esparsas”, explica.

Volume morto já pode ser captado

A partir de amanhã, “não tem dia, nem hora” para que o açude Epitácio Pessoa (Boqueirão), que abastece Campina Grande e mais 18 municípios, passe a operar com o sistema de captação flutuante. A afirmação foi do gerente regional Cagepa, Simão Almeida, que explicou como ocorrerá o procedimento. Segundo Almeida, a mudança de captação do sistema convencional para as bombas flutuantes vai acontecer de forma automática.

“O sistema de captação flutuante já está pronto e em pré-operação, mas a retirada de água ainda é feita pelo sistema convencional, submerso. De acordo com a redução do volume da barragem, quando essa reserva se aproximar da cota de vórtice, os operadores acionarão automaticamente a captação flutuante. Após o dia 20 de dezembro, não tem um momento preciso para que isso ocorra”, disse. Boqueirão está atualmente com 12,8% da sua capacidade total. O volume morto ou intangível do açude corresponde a 12,78%.

O sistema de flutuantes começou a ser montado no final do mês de setembro e consiste em bombas que retiram a água da superfície do açude. Essa obra é necessária porque o volume do manancial vai ficar abaixo das comportas. Quando isso acontecer, não é mais possível retirar a água pelo sistema convencional, pois há a formação de um vórtice, que é a entrada de ar nas tomadas de água. Então será acionada a captação flutuante, que deverá abastecer a cidade, mesmo sem a ocorrência de chuvas, até fevereiro de 2017. Açude abastece Campina Grande e mais 18 cidades.

Saiba mais

A previsão da Aesa para esse final de semana no Litoral, Brejo, Agreste e Alto Sertão é de nebulosidade variável e poderão ocorrer chuvas localizadas. Já no Cariri, Curimataú e Sertão, a previsão é de nebulosidade variável.

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Jornal da Paraíba

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