VIDA URBANA
Samu: ambulâncias terão medicamento para infarto
A estimativa é de que o medicamento reduza em 17% o número de óbitos por ataque cardíaco.
Publicado em 30/07/2014 às 10:08
Uma portaria assinada pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, durante o IV Congresso Nacional do SAMU, nesta segunda-feira (28), prevê a inclusão do medicamento trombolítico nas ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). Com isso, as vítimas de infarto socorridas pelo serviço terão mais chances de sobreviver e ficar sem sequelas. A estimativa é de que a incorporação reduza em 17% o número de óbitos por infarto. A portaria também prevê recursos financeiros para os municípios que aderirem à ação.
O Sistema Único de Saúde (SUS) registrou, em 2012, 84.157 mortes e 59.510 internações por infarto agudo do miocárdio. A expectativa é que, com o medicamento, o SAMU possa salvar até 8.368 pessoas por ano.
“Esse é um ganho importante para o serviço de urgência porque as doenças do aparelho cardiovascular são as que mais matam brasileiros hoje. Então, ter esse medicamento disponível representa a diferença entre a vida e a morte e melhora o prognóstico dos pacientes infartados que terão uma melhor qualidade de vida e menos sequelas”, enfatizou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.
Trombolítico
No infarto, a artéria que irriga o coração fica obstruída. Com isso, o sangue não consegue levar oxigênio para o coração e o músculo cardíaco entra em necrose (morre), causando o infarto e podendo ocasionar uma parada cardíaca. O medicamento trombolítico desfaz a obstrução e a circulação no coração volta a acontecer, interrompendo o infarto e o uso precoce do medicamento reduz as chances de o infartado apresentar sequelas como a insuficiência cardíaca, que obriga o paciente a tomar medicamentos por toda a vida. Ou seja, além do benefício à população, a medida diminui o valor gasto com a compra de medicamentos que seriam utilizados em casos com sequelas.
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