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VIDA URBANA

Segundo ex-servidor, demissão em massa do Trauma já estava programada

Servidor demitido denunciou jogo de interesses da administração do hospital. Segundo ele, a demissão em massa havia sido anunciada dias antes de a Cruz Vermelha assumir.denunci

Publicado em 23/07/2011 às 8:25

Da Redação

A demissão de dezenas de prestadores de serviço do Hospital de Trauma de João Pessoa, pela Cruz Vermelha do Brasil, na quinta-feira (21), ainda está repercutindo. Um internauta do Paraíba1, que não quis se identificar, entrou em contato com redação do portal se dizendo um dos servidores demitidos. Ele afirmou que a demissão em massa já vinha sendo articulada há algum tempo e sendo anunciada pela coordenadora geral de Enfermagem do hospital, Lana Márcia.

Segundo o servidor demitido, que trabalhava há cinco anos no hospital, as demissões foram motivadas por um jogo de interesse que existe na administração do hospital. “A coordenadora geral de Enfermagem afirmou, mais de uma vez, que quem tivesse incompatibilidade de ideias com eles e não fizesse parte do grupo, seria mandado embora”, afirmou.

O denunciante informou que as declarações da coordenadora de Enfermagem foram feitas repetidas vezes cerca de 15 dias antes de ser anunciado pelo Governo que a Cruz Vermelha do Brasil assumiria a direção do Hospital de Trauma. “Ficou claro que essa demissão em massa já estava articulada há algum tempo e só esperaram a Cruz Vermelha assumir”, lamentou o servidor demitido.

Ainda de acordo com ele, apenas no setor de Radiologia, 14 prestadores de serviço foram demitidos. O número total de demitidos não foi informado nem pela Cruz Vermelha, nem pela Secretaria de Saúde. O internauta que entrou em contato com o Paraíba1 também não soube precisar a quantidade exata de demitidos, mas assegurou que foram pelo menos 60.

O internauta ainda explicou de que forma foi comunicado sobre a sua demissão. Segundo ele, uma funcionária identificada apenas pelo nome de Joyce, que seria secretária da coordenadora geral de Enfermagem, entrou em contato por telefone, avisando sobre uma reunião no auditória do hospital. “Chegando lá, fomos informados individualmente por Tânia, da Cruz Vermelha, sobre a demissão. E ela não me deu nenhuma justificativa. Só disse que era por incompatibilidade de tempo”.

Entenda o caso

Na quinta-feira (21), dezenas de prestadores de serviço foram demitidos do Hospital de Trauma da Capital pela Cruz Vermelha do Brasil, que assumiu a direção do hospital no dia 8 de julho deste ano. O secretário de Saúde do Estado, Waldson de Souza, confirmou a demissão em massa, mas não informou quantos foram os demitidos.

A justificativa do Governo para as demissões foi a de que “alguns funcionários não se enquadram no perfil profissional do novo modelo da direção de Hospital”. Segundo o secretário de Saúde, só foram demitidos aqueles servidores que não estavam cumprindo a carga horária que será exigida. “Muitos profissionais não tinham tempo para trabalhar dentro da carga horária necessária para o atendimento”, informou.

O presidente da Comissão da Justiça do Trabalho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Paulo Maia, afirmou que, apesar de os desligados atuarem como prestadores de serviço, eles podem recorrer à Justiça para requererem seus direitos.

O presidente do Conselho Regional de Enfermagem da Paraíba, Gerson da Silva Ribeiro, disse também em entrevista ao Bom Dia Paraíba que se surpreendeu com a demissão dos servidores. Ele alertou que isso pode sobrecarregar a unidade hospitalar. “Para nós isso foi uma surpresa, o ideal era que fossem contratados mais pessoas e isso pode acabar sobrecarregando ainda mais a unidade”, afirmou.

A Cruz Vermelha assumiu a direção do Hospital de Trauma de João Pessoa no início deste mês, segundo o Governo, com a intenção de melhorar o atendimento à população e reduzir os gastos. Na ocasião, os novos diretores da unidade hospitalar e o governador Ricardo Coutinho afirmaram que não haveria demissões e que os funcionários e os 13 diretores exonerados seriam contratados.

Segundo Ricardo Coutinho, os benefícios do Governo com o contrato de pactuação serão uma economia de 40%, diminuindo os gastos com o hospital de R$ 10,8 milhões mensais para R$ 6,8 milhões.

A ação do Governo gerou contestações de alguns órgãos de Saúde do Estado. O presidente do Sindicato dos Médicos (Simed) da Paraíba, Tarcísio Campos, afirmou que a categoria era contra a terceirização da administração do hospital e reclamou do fato de os órgãos de Saúde não terem sido informados previamente da substituição dos diretores do hospital.

Ricardo Coutinho negou, em seu programa semanal de rádio, que o contrato firmado entre o Estado e Cruz Vermelha fosse terceirização. Segundo o governador, o controle do Hospital de Trauma ainda seria do Governo. “O órgão é do Estado e o controle total ainda será do Estado. O Governo não está abrindo mão da unidade, nós queremos um outro olhar, não dava para continuar do jeito que estava”, afirmou na ocasião.

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Jornal da Paraíba

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