VIDA URBANA
Sem abastecimento, caixas eletrônicos podem ficar sem dinheiro no feriadão
Muitos caixas eletrônicos já estão sem dinheiro na capital paraibana e há rumores que eles não serão reabestecidos até o feriadão.
Publicado em 09/10/2010 às 9:19
Da Redação
O crescimento na movimentação do comércio e do turismo em João Pessoa, típico de feriados, pode não se repetir no próximo dia 12, feriado nacional de Nossa Senhora Aparecida – padroeira do Brasil – e comemoração do Dia das Crianças. Isso porque muitos caixas eletrônicos já estão sem dinheiro na capital paraibana e há rumores que eles não serão reabestecidos até o feriadão.
Chegando ao décimo dia de greve hoje, cerca de 90% das agências bancárias no Estado estão fechadas e cerca de 3.500 profissionais sem trabalhar em todo a Paraíba. Esta já é considerada pelo sindicato estadual como a maior greve bancária em duas décadas. Além da falta de dinheiro, muitos clientes dos principais bancos que atuam no Estado reclamam da falta de envelopes para depósito e folhas de cheque em várias agências da capital.
Com isso, muitos pessoenses procuram realizar as operações bancárias em agências lotéricas, como o vendedor Arilan Ferreira, que contou as dificuldades que encontrou na manhã de ontem para realizar algumas operações.
“Tive que sair de Mangabeira, onde moro, até em Manaíra, pois nas agências do Banco do Brasil que eu fui perto da minha casa e no Centro não havia folhas de cheque nem de envelopes”, contou Arilan. Segundo a comerciante Edjane Lopes, depois de esperar por mais de meia hora na fila, ela teve de ir para outra agência bancária da Caixa Econômica Federal devido a falta de dinheiro. “Desde a semana passada que não consigo fazer depósitos na minha conta, e muitos caixas eletrônicos simplesmente não tem mais cédulas”, disse.
O presidente do Sindicato dos Bancários da Paraíba, Marcos Henriques, informou que a categoria não pode ser responsabilizada pela falta de dinheiro nos caixas eletrônicos. “O abastecimento dos caixas não é de responsabilidade dos bancários, pois na maioria dos locais este serviço é feito por empresas terceirizadas”, contou.
De acordo com a chefe de Fiscalização do Procon Municipal, Salete Estevão, a população não pode ser prejudicada por essa situação. “O Procon aconselha aos clientes recorrer ao órgão, formalizando uma reclamação, pois só assim o Procon tem como tomar as medidas necessárias para evitar que os consumidores sejam prejudicados,” informou.
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