Seminário na Capital discute ataques recentes de hackers a sites

Karoline Zilah

Após a onda de ataques de hackers ocorrida em junho, quando foram violados mais de 200 sites governamentais e de empresas públicas, um seminário em João Pessoa vai discutir como lidar e prevenir estes problemas na internet. O evento será promovido na segunda-feira (4) pelo Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e pela Associação Internacional de Prevenção ao Cibercrime.

Nesta semana, foram atacados na Paraíba os sites da Prefeitura de João Pessoa e da Superintendência do Meio Ambiente, órgão do Governo do Estado. Em março, o alvo foi o site da Prefeitura de Campina Grande.

Segundo a Prefeitura, não houve perda de informações, mas em outros casos as invasões atingiram níveis preocupantes.

O site da Brigada Militar do Rio Grande do Sul teve divulgadas informações sigilosas sobre estatísticas criminais. Já o e-mail pessoal da presidente da República, Dilma Rousseff, foi violado.

"Este panorama demonstra e reafirma a importância do debate, especialmente os aspectos jurídicos e medidas do estado", disse o tenente-coronel Arnaldo Sobrinho, que é coordenador executivo do evento.

As discussões também serão conduzidas pelo professor Fernando Vasconcelos, presidente no Brasil da Associação Internacional Prevenção ao Cibercrime.

As temáticas do evento terão como foco os seguintes conteúdos: "O acesso à Internet como direito fundamental"; "O Cibercrime e os delitos contra a honra"; 'Ciberterrorismo: ameaça global e enfoque jurídico"; "Responsabilidade dos provedores; Código de Defesa do Consumidor e relações de consumo", entre outros assuntos.

As inscrições para as palestras acontecerão no local e no dia do evento, que será realizado no auditório do Centro de Ciências Jurídicas, no campus da UFPB em João Pessoa, a partir das 8h da segunda-feira (4).

Em entrevista exclusiva ao Paraíba1, o grupo que atacou os sites da Prefeitura de João Pessoa e da Sudema se autodenominou como "hacktivista".

"Não somos criminosos virtuais. Apenas queremos passar para a Internet nosso sentimento de desprezo pelas atuais condições do mundo. A fome, robalheira dos políticos e a falta de escolaridade, entre muito outros motivos", declarou um dos envolvidos.