VIDA URBANA
Servidores da UEPB iniciam greve e professores marcam indicativo
Funcionários técnico-administrativos votaram por greve imediata. Professores ainda querem negociar com reitoria e Governo. Indicativo de greve foi marcado para 5 de maio.
Publicado em 27/04/2011 às 12:20
Karoline Zilah
A partir desta quarta-feira (27), os funcionários técnicos e administrativos da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) estão em greve. A decisão foi tomada em assembleia geral que terminou por volta das 12h. De acordo com o anúncio feito pelo Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintespb), 850 servidores devem aderir à paralisação.
Ainda nesta manhã, os professores da UEPB também realizaram assembleia. Por 70 votos a 62, eles decidiram marcar um indicativo de greve no dia 5 de maio. O prazo, segundo a Associação dos Docentes (ADUEPB), foi dado para que os líderes do movimento tenham tempo de negociar suas reinvidicações com a reitoria e o Governo do Estado.
Os docentes também solicitaram uma audiência na Controladoria Geral do Estado, que deve acontecer ainda nesta tarde.
As aulas e os serviços oferecidos pela UEPB já estão parados nesta quarta-feira. A reitoria, as secretarias, a biblioteca e os centros acadêmicos não funcionaram hoje.
Em entrevista ao Jornal da Paraíba nesta semana, a reitora Marlene Alves declarou que a paralisação é um dos instrumentos de luta do servidor. Ela ainda informou que as negociações junto ao governo do Estado estão avançando e que esperava atender às reivindicações a tempo de impedir a paralisação, evitando que ocorram prejuízos maiores, o que não aconteceu.
De acordo com José Sérgio, vice-presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Ensino Superior do Estado da Paraíba (Sintespb), a categoria reivindica o respeito à lei de autonomia financeira da UEPB. Segundo José Sérgio, desde janeiro já vem acontecendo conversas no intuito de regularizar os repasses de verba do governo estadual, mas ainda não há nada resolvido.
Da parte da Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (Aduepb), a reclamação é sobre o repasse que o governo está fazendo à UEPB, que seria insuficiente para o funcionamento da instituição. “O movimento entende a situação do estado, mas a gente precisa que o governo faça um acordo com a UEPB. O repasse não integral fere a lei da autonomia financeira”, concluiu o presidente da associação, José Cristóvão de Andrade.
A lei de autonomia financeira da Universidade Estadual da Paraíba prevê reajustes salariais anuais nos dias 1º de janeiro, o que não aconteceu em 2011. O repasse dos duodécimos por parte do governo estadual à instituição de janeiro a março não aconteceram de modo integral. Os servidores cobram também repasses do ano passado que não foram feitos. Amanhã, só funcionarão cerca de 30% dos serviços da UEPB, relativos à própria segurança da instituição. A última greve que a universidade enfrentou se estendeu por seis meses entre os anos de 2001 e 2002.
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