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VIDA URBANA

Servidores da UFCG protestam contra a privatização' do HU

Alunos e professores protestaram contra a decisão da reitoria, que pretende aderir a EBSERH para administrar o HU. 

Publicado em 12/07/2012 às 6:00


Ontem pela manhã, professores, servidores e alunos da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) chegaram em carreata à Praça da Bandeira, com faixas e bandeiras nas mãos, protestando contra a decisão da reitoria que enviou um ofício com a intenção de aderir à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), recém-criada pelo governo federal para gerenciar os hospitais universitários.

Os professores consideram isso “uma forma de privatização” que poderá piorar os serviços de atendimento público e dificultar a ação de estagiários nas unidades de saúde em Campina Grande e Cajazeiras. Os funcionários realizaram um protesto semelhante na última segunda-feira, quando estiveram na reitoria da instituição e se reuniram com o vice-reitor da UFCG, Edílson Amorim.

Eles se dizem indignados com a posição unilateral da reitoria e segundo os funcionários, o conselho colegiado da instituição deveria ter sido consultado, antes de qualquer providência.

Segundo o presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (Adufcg), Gonzalo Rojas, a posição dos funcionários é pela não adesão do gerenciamento da EBSERH, nos hospitais universitários de Campina Grande e Cajazeiras.

“Nós nos reunimos com o vice-reitor, que nos prometeu reavaliar a posição da direção da instituição e na próxima segunda-feira vamos receber os resultados. Nós realizamos um fórum onde ficou decidido que somos contra a privatização”, disse. Ele contou que a adesão só trará malefícios à população que precisa dos serviços públicos, além dos próprios estudantes que também serão prejudicados nas aulas práticas.

Conforme o vice-reitor, a reitoria tinha até o dia 1º deste mês para encaminhar um ofício de intenção de adesão para o Ministério da Educação (MEC). Ele explicou que os hospitais não serão privatizados e que a responsabilidade pela adesão é das próprias unidades de saúde.

Na última reunião, Edílson Amorim disse que deverá reavaliar a decisão. Professores e servidores técnicos informaram que quase 1.500 docentes e mais de 1.550 técnicos da UFCG estão em greve há 55 dias. Os funcionários reivindicam reestruturação da carreira e melhorias das condições de trabalho.

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Jornal da Paraíba

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