VIDA URBANA
Servidores e professores da UEPB paralisam atividades em protesto
Categorias são contra a Medida Provisória 242 do governo do Estado, que determinou a suspensão da data-base.
Publicado em 24/02/2016 às 8:38
Mais de 22 mil alunos de todos os campi da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) devem ficar sem aula hoje em virtude da paralisação dos técnicos-administrativos e professores da instituição. Servidores da Secretaria Estadual de Educação e de demais órgãos estaduais também nãodevem trabalhar. A interrupção dos serviços, conforme o Fórum Estadual dos Servidores, é uma forma de protestar contra a Medida Provisória (MP 242) do Executivo, que determinou a suspensão da data-base, o congelamento de salários e da vigência dos planos de carreira de todos os servidores estaduais. Nas escolas, mesmo com a paralisação, as aulas devem acontecer normalmente.
Além da paralisação, também haverá um ato público em frente ao prédio da Assembleia Legislativa, em João Pessoa. “A medida deixa muitas brechas abertas e um ar de insatisfação total entre os servidores”, afirmou o presidente do Fórum Estadual dos Servidores, Victor Hugo.
As entidades do Fórum dos Servidores salientam que as perdas salariais já ultrapassam os 30%, o que gera desestímulo e, consequentemente, queda na qualidade dos serviços prestados à sociedade.
O presidente da Associação dos Docentes da Universidade Estadual da Paraíba (ADUEPB), Nelson Júnior, não descarta uma nova greve se as negociações não avançarem. Vale lembrar que a categoria passou cinco meses em greve, de junho a novembro do ano passado.
A reportagem do JORNAL DA PARAÍBA procurou a Secretaria de Comunicação Institucional do Estado para comentar o assunto, mas as ligações não foram atendidas.
Paralisação em CG
Os servidores municipais da área da educação de Campina Grande também realizam hoje, às 15h, uma assembleia para avaliar a proposta do prefeito da cidade, de reajustar o piso do magistério na ordem de 11,36%. O anúncio do prefeito aconteceu depois do indicativo de greve da categoria, no último dia 17. Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Agreste da Borborema (Sintab), Nazito Pereira, a possibilidade da greve não está descartada.
A secretária de Educação de Campina Grande, Iolanda Barbosa, informou que o prefeito já garantiu a correção de 11,36% do piso.
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