VIDA URBANA
Superlotação no Trauma de JP
Devido a superlotação na unidade, duas salas de cirurgia foram transformadas em salas de tratamento pós-operatório, diz Sindicato dos Médicos.
Publicado em 13/12/2012 às 6:00
Equipes do Conselho Estadual de Saúde inspecionaram o Hospital de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena, em João Pessoa, e constataram que a unidade está superlotada. A situação é motivo de preocupação, já que existe a expectativa de que a movimentação no local aumente nos próximos dias, em virtude das festas de fim de ano.
Uma reunião será realizada na próxima terça-feira, entre representantes da Secretaria de Estado da Saúde e do Ministério Público Estadual, para encontrar soluções. “Há o receio de que algum paciente seja prejudicado por causa dessa sobrecarga no atendimento”, disse Eduardo Cunha, presidente do Conselho Estadual da Saúde.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Médicos da Paraíba, Tarcísio Campos, devido à superlotação, o Hospital de Trauma desativou duas das seis salas de cirurgias existentes no local e as transformou em espécies de “enfermaria”. Ele explicou que, após o procedimento cirúrgico, o paciente precisa ser removido da sala de cirurgia e ser levado para uma unidade de tratamento pós-operatório. No entanto, isso não vem sendo feito por falta de vagas.
Em nota, a assessoria do Hospital de Emergência e Trauma informou que está ocorrendo aumento de 30% na demanda de atendimentos, em comparação com o ano passado, por isso a unidade de saúde está com todos os leitos da instituição ocupados. Entretanto, a diretoria da instituição procurou o Ministério Público para tentar resolver o problema, e que um debate entre as secretarias estadual e municipal de Saúde pode amenizar a situação.
Enquanto a audiência não é realizada, a equipe do hospital está “trabalhando na gestão hospitalar. Aumentamos em mais 20 o número de leitos de retaguarda para esta demanda sazonal, aumentamos a equipe médica, estamos renovando os contratos com as cooperativas médicas e melhorando o controle de entrada de pacientes por grau de complexidade, a fim de definir as prioridades de atendimento”, esclareceu Edvan Benevides, diretor técnico do hospital. Sobre o fechamento dos leitos, ele disse que nenhuma das salas da UTI foi desativada e que a instituição conta com 44 leitos em pleno funcionamento.
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