VIDA URBANA
Tecnologia para fluidez do tráfego em João Pessoa
Equipamentos para monitoramento estão espalhadas por áreas estratégicas de João Pessoa
Publicado em 17/02/2013 às 8:00
Avenida Epitácio Pessoa, 18h20, próximo ao cruzamento com a Avenida Maranhão um ônibus quebra. É o suficiente para que todo trânsito na extensão da Epitácio Pessoa (sentido Centro-Praia) esteja parado. Do outro lado da cidade, na sede da Superintendência de Mobilidade Urbana (Semob), no bairro do Cristo, quatro agentes de trânsito monitoram a cena. Eles tentam, de lá, garantir a fluidez do tráfego através do sistema de monitoramento de trânsito instalado ao longo da avenida.
Esta é uma das ferramentas que a Superintendência dispõe para minimizar os problemas de tráfego na capital. Os equipamentos para monitoramento estão espalhadas por áreas estratégicas da cidade, garantindo que qualquer informação referente a acidentes e congestionamentos que ocorram nos locais monitorados seja prontamente repassada aos agentes que atuam nas ruas de João Pessoa. Porém, mesmo com o crescimento constante da frota de veículos, não há previsão para que sejam instalados novos equipamentos exclusivamente para controle do tráfego.
“As câmeras ajudam muito a identificar os congestionamentos e possibilitam que a informação seja repassada rapidamente para o agente de trânsito mais próximo, que se desloca até o ponto crítico. Por enquanto, não há perspectiva de ampliação a ser feita pela Semob, mas outros programas da Prefeitura, possivelmente, deverão instalar câmeras de segurança”, frisou o superintendente da Semob, Nilton Pereira.
Os carros que trafegam pela capital são monitorados ainda por fotossensores, instalados em sete cruzamentos de movimentadas avenidas. Segundo a Semob, os equipamentos funcionam ligados a câmeras fotográficas, que disparam quando o condutor avança o sinal vermelho ou para sobre a faixa de pedestre na mudança do sinal luminoso. Atualmente, dez equipamentos estão instalados em João Pessoa, funcionando das 6h às 22h.
Além de garantir a segurança de pedestres e colaborar para redução de acidentes, os redutores e detectores eletrônicos de velocidade, conhecidos popularmente por lombadas, também auxiliam a gestão do tráfego na medida que permitem uma permanente coleta de dados estatísticos de fluxo e de infrações. Conforme a Semob, desta forma os equipamentos são importantes para a segurança e fluidez do tráfego.
“Mesmo com os equipamentos que possuímos para controle e redução da velocidade dos acidentes, contabilizamos grande número de acidentes, imagina se não houvesse a lombada eletrônica”, questionou Nilton Pereira.
Próximo a totalizar uma frota formada por 1 milhão de veículos, o Estado da Paraíba ainda enfrenta sérios problemas de mobilidade urbana, sobretudo no que diz respeito às tecnologias para controle e maior fluidez do tráfego. E em João Pessoa não é diferente.
“Não existem recursos que consigam resolver problemas de crescimento da frota e, consequentemente, diminuir os congestionamentos, porque a população cresce 2% ao ano, e a frota cresce 10% anualmente. Nós não temos como sair fazendo intervenções em toda a cidade e utilizar todos os recursos para diminuir os congestionamentos”, explicou Nilton Pereira.
Para o presidente da Comissão de Educação de Trânsito da ordem dos Advogados do Brasil, secção Paraíba (OAB-PB), e assessor técnico do Conselho Estadual de Trânsito do Estado da Paraíba, Samuel Aragão, os problemas encontrados no trânsito de João Pessoa são muito complexos e as tecnologias não vão acompanhar a evolução da frota.
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