VIDA URBANA
Total de pessoas afastadas do trabalho por conta da pandemia cai 56% na Paraíba
O IBGE também calculou que houve redução do trabalho remoto no estado.
Publicado em 21/08/2020 às 15:14 | Atualizado em 21/08/2020 às 17:48
O número de pessoas ocupadas e que estavam afastadas do trabalho, na Paraíba, devido ao distanciamento social, passou de 329 mil, em maio, para 144 mil, em julho, o que corresponde a uma redução de 56,2% no total. Os n dados da Pnad Covid-19, divulgados pelo IBGE, nesta quinta-feira (20). Entre a população ocupada, o número representava 25,4%, no primeiro mês, e caiu para 11,5%, no último.
Outro indicador que registrou redução, se comparado ao início do levantamento, foi o de trabalho remoto, que mostra que o número de pessoas que atuavam dessa forma, no estado, passou de 150 mil, em maio, para 134 mil, em julho. Com isso, a proporção em relação ao total da população ocupada e não afastada também caiu, de 16,4%, no primeiro mês, para 12,7%, no último. No entanto, o percentual ainda está acima das médias nacional (11,7%) e regional (9,2%).
No estado, o nível de ocupação, que indica a proporção de ocupados no total de pessoas em idade de trabalhar, ou seja, acima de 14 anos, foi de 38,7% e permaneceu estável diante do verificado em junho (38,8%), mas aponta para uma queda de 1,5 p.p. frente ao constatado em maio (40,2%). A taxa de participação na força de trabalho também teve queda, ao passo que a taxa de desocupação apresentou um aumento gradual.
Além disso, de acordo com a Pnad Covid-19, cerca de 495 mil pessoas, que não estavam ocupadas, gostariam de trabalhar no período de referência, mas não procuraram emprego por conta da pandemia ou por falta de oportunidade na localidade.
No cenário nacional, a conjuntura é semelhante. Entre os 9,7 milhões que estavam afastados do trabalho, 6,8 milhões estavam nessa situação devido ao distanciamento social, queda de 42,6% em relação ao total de pessoas afastadas em junho. “Isso corresponde a menos da metade das pessoas que estavam afastadas em maio, quando a pesquisa começou. Elas retornaram ao trabalho ou podem ter sido demitidas”, explicou a coordenadora da pesquisa, Maria Lúcia Vieira.
Auxílio emergencial
No mês de julho, em 57,1% dos domicílios paraibanos, alguém recebeu algum auxílio relacionado à pandemia, como o emergencial ou a complementação paga pelo Governo Federal, conforme a PNAD COVID19. A proporção permaneceu estável frente a junho, quando foi de 56,9%, mas indica alta se comparada a maio (53,1%).
O percentual aponta que esses valores foram recebidos em 721 mil residências, na Paraíba, onde o rendimento médio proveniente desses auxílios foi de R$ 940, maior do que o observado na média brasileira (R$ 896), mas inferior ao verificado para a região Nordeste (R$ 960).
Se, além desses auxílios, for considerado o pagamento de Seguro-desemprego, Bolsa-família ou o Benefício de Prestação Continuada (BPC), o percentual de domicílios que receberam algum desses valores em julho sobe para 60,5%, o que representa 764 mil residências nessas condições.
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