VIDA URBANA
Trânsito causa medo do volante
Assim que adquiriu seu carro, Maria Alves percebeu que não seria tão fácil assim sair dirigindo pela cidade como sonhava.
Publicado em 01/04/2012 às 16:40
Assim como muitas mulheres, a professora Maria Alves de Brito, 61 anos, alimentou o sonho de adquirir o seu carro próprio. Ela se preparou fazendo autoescola e pagando aulas extras, chegou até a contratar um instrutor particular por certo tempo para se preparar bem e encarar o trânsito da cidade sem medo. Mas, assim que adquiriu seu carro, percebeu que não seria tão fácil assim sair dirigindo pela cidade como sonhava.
Em fevereiro de 2007 ela comprou um carro, mas nunca perdeu o medo de dirigir. Acabou cedendo o veículo para os familiares.
Hoje, acredita que não fez o melhor dos investimentos, já que não usufrui das vantagens de ter um carro particular.
“Eu me arrependi de adquirir o carro, porque eu não tive nenhum retorno do que eu gastei. Perdi muito pagando o Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) todo ano. Investi tanto para agora não usá-lo e se hoje eu for vendê-lo eu só vou ter prejuízo, além do prejuízo psicológico, que é não conseguir dirigir” afirmou a professora.
Ela lembra que só saía de carro na companhia de outra pessoa ou com um motorista mais experiente na direção. “Eu tenho várias amigas que também sentiram um pouco de dificuldade para se acostumar com a direção. Algumas superaram o medo, mas outras acabaram vendendo o carro, outra chegou a desistir de tudo após derrubar o muro da vizinha, mas é claro que existem mulheres que dirigem divinamente”, lembrou Maria Alves que completou: “Se eu tivesse investido o dinheiro do carro em outra coisa, hoje eu teria algum retorno. Jamais vou comprar outro carro novamente”, encerrou.
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