VIDA URBANA
Três garotos chefiavam crimes em Mandacaru
Polícia derscobriu que meninos eram usados para assumir as práticas hediondas.
Publicado em 02/09/2012 às 17:00
No bairro de Mandacaru, a Polícia Militar (PM) conseguiu identificar pelo menos três pessoas que quando adolescentes coordenavam o tráfico de drogas no bairro. Aos 17 anos, o então adolescente José Marcos da Silva, mais conhecido por 'Veinho', era considerado o braço direito de um traficante com atuação no Porto de João Tota e Alto do Céu. Com 18 anos, o rapaz foi preso, no mês de março, sob a acusação de ter assassinado um monitor do Centro Educacional do Adolescente (CEA).
O tenente Iury Agostini, comandante do Policiamento Solidário de Mandacaru, destacou a participação de um adolescente conhecido por 'Mago Wend', na prática de execuções e comercialização de drogas na região. Para evitar a prisão de maiores de idades, os grupos criminosos utilizam a estratégia de atribuir aos menores a prática de crimes hediondos.
“Temos vários exemplos de menores que praticaram vários homicídios dos 14 até os 17 anos e seis meses. Quando ele chega perto dos 18 anos, para e se 'ajeita', começa a traficar de uma forma mais camuflada. Um exemplo é o 'Mago Wend', que é acusado de matar muita gente. Para cada homicídio que cometia ele tatuava um túmulo no braço. Ao completar 18 anos, ele disse que parou, que está na igreja e não quer mais se envolver com o tráfico,” exemplificou o tenente Agostini. Em cumprimento a um mandado de prisão pelo crime de homicídio, 'Mago Wend' foi detido no último dia 23 de agosto, aos 18 anos.
Já 'Neguinho de Rosas', hoje maior de idade, além de ser suspeito de praticar homicídios, é apontado pela PM como sendo um dos principais assaltantes do bairro de Mandacaru. “Já flagramos ele dentro da casa de uma pessoa, enrolando objetos para roubar, isso ele com 16 anos. Ele ameaçou atear fogo a residência, o que deixou o morador com medo de registrar a queixa”, contou Agostini.
Na comunidade 'Beco de Zé Borges', o tenente revelou ter reconhecido uma liderança, porém o comando oscila entre menores e maiores de idade. “Visualizamos menores e maiores interagindo, sem atritos, nas regiões onde uma única facção criminosa comanda”, pontuou o tenente Agostini.
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