VIDA URBANA
Unicef reúne gestores para reduzir trabalho infantil
Fepeti-PB foi realizada na manhã de ontem no auditório da Federação das Indústrias da Paraíba, em Campina Grande.
Publicado em 28/08/2014 às 6:00 | Atualizado em 11/03/2024 às 11:00
Para tentar reduzir o número de 74 mil crianças e jovens envolvidas com o trabalho infantil na Paraíba, segundo dados do Fórum Estadual de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil e Proteção ao Trabalhador Adolescente na Paraíba (Fepeti-PB), foi realizada na manhã de ontem no auditório da Federação das Indústrias da Paraíba (Fiep), em Campina Grande, o 3° ciclo de capacitação do Selo Unicef para representantes de 53 municípios.
O encontro, que reuniu gestores, lideranças adolescentes, conselheiros de direito das crianças e adolescentes e técnicos, serviu para iniciar o mapeamento das situações de risco e a busca por oportunidades de cada município para fortalecer as políticas voltadas para esse grupo. De acordo com Irismar Silva, consultora do Unicef na área de proteção infantil, o primeiro passo que será dado após a identificação dos problemas encontrados em cada cidade será a criação de um espaço de proteção para que as crianças recebam assistência enquanto seus pais ou responsáveis trabalham.
“Nós queremos identificar as dificuldades dos municípios e estabelecer algumas propostas de combate ao trabalho infantil. Essa será a principal base desse encontro. Após realizarmos essa identificação, vamos propor a criação de programas específicos como um espaço de proteção com atividades de educação, alimentação e assistência médica, para que as crianças, enquanto o período em que os pais trabalham, possam receber uma atenção especial e se desvincular do trabalho infantil”, explicou Irismar Silva.
Uma vez realizando propostas como essa, Sandra Santos, articuladora do instituto Aliança e que promove a capacitação dos profissionais, apontou que a Paraíba terá uma chance muito grande de reduzir sua taxa de incidência de trabalho infantil. “Nós queremos mostrar a esses profissionais e gestores municipais que é preciso combater o trabalho infantil, como também se deve incentivar a Lei do Jovem Aprendiz, que entre 14 e 16 anos pode desenvolver atividades profissionais, mas de acordo com as normatizações técnicas”, disse.
A secretária de Educação de Campina Grande, Iolanda Barbosa, apontou as dificuldades que o município vem encontrando para manter as crianças longe de atividades profissionais, e até domésticas, e apontou a ampliação do número de vagas nas escolas públicas como uma alternativa para que o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil alcance sua proposta. “Nós temos hoje 26 mil matriculados nas 125 escolas municipais de Campina Grande. Essas estão longe do trabalho infantil, mas sabemos que ainda precisamos ampliar esse alcance escolar ainda mais”, disse.
Hoje, o 3º Ciclo de Capacitação do Selo Unicef Município Aprovado irá continuar em João Pessoa, na unidade do Senac, com representante de 25 municípios do Litoral do Estado.
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