VIDA URBANA
VLT não tem previsão para funcionar
Problema mecânico adiou entrega do VLT de 28 de maio para agosto; fornecimento de combustível para o modelo também precisa ser licitado.
Publicado em 16/07/2014 às 6:00 | Atualizado em 06/02/2024 às 16:56
O primeiro Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de João Pessoa está sem previsão para entrar em funcionamento. A informação é da superintendência da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) na Paraíba. O veículo, que ainda não chegou à capital por conta de reparos mecânicos que estão sendo realizados na sede da empresa montadora, em Barbalha, no Ceará, pretende oferecer à população um meio de transporte mais rápido, seguro e confortável entre as cidades de Santa Rita e Cabedelo. O VLT faz parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) 2 do governo federal.
O processo de licitação para implantação do Veículo Leve sobre Trilhos para o fornecimento de oito equipamentos para João Pessoa terminou no dia 31 de outubro de 2012. A licitação foi conjunta com Natal, que receberá 12 VLTs. O custo da proposta ganhadora para o fornecimento dos 20 veículos foi de R$ 182.031.342,57.
A previsão inicial do projeto era de que o VLT fosse entregue no último dia 28 de maio, o que não foi possível devido a falhas mecânicas nos equipamentos que fazem parte das rodas no veículo, adiando a entrega para o mês de agosto próximo, quando passaria por um período de teste para então, começar a operar definitivamente. No entanto, o superintendente da CBTU na Paraíba, Wladme Macedo, informou que o problema mecânico ainda não foi solucionado. “Nosso técnico, Sérgio Marcelino, que está acompanhando esse processo, esteve lá (em Barbalha) no mês passado e vai novamente no próximo dia 28, é quando teremos um posicionamento de como está o trem.
Se os equipamentos estiverem montados, é provável que em agosto o VLT esteja em João Pessoa”, afirmou.
Enquanto aguarda o VLT, a população sofre com os trens desconfortáveis, barulhentos e inseguros, como a dona de casa Vanusa Silva, 38 anos, que mora em Cabedelo, mas frequentemente se desloca para João Pessoa. “O serviço é muito precário. As cadeiras são desconfortáveis e a gente não se sente totalmente seguros”, disse.
“Tem dia que a situação é ainda pior, por conta da bagunça que alguns passageiros fazem dentro do trem”, completou a costureira Maria de Lourdes, 63 anos, também de Cabedelo.
Mesmo com sua chegada, o VLT só poderá atender a população depois de mais um processo licitatório, isso porque o veículo leve utiliza o diesel tipo S10, mas o posto de combustível, localizado em Cabedelo, Região Metropolitana da capital, que abastece as duas locomotivas atuais, possui apenas o diesel comum. “Começar a funcionar, somente depois que a gente licitar um novo contrato de fornecimento de combustível. Nossos técnicos já estão elaborando o termo de referência para a construção de um novo posto, adequado ao fornecimento do tipo de diesel. Isso será um contrato a parte.
Ele também será construído em Cabedelo, próximo de onde funcionará a oficina do VLT”, disse Macedo.
“No mais tardar, de três a quatro meses teremos condições de colocar essa licitação à disposição. Depois de licitado e a ordem de serviço assinada, a construção do posto será rápida, no máximo em 30 dias. Precisamos primeiro resolver essas questões para poder o VLT circular efetivamente”, acrescentou.
ADEQUAÇÕES
Sobre as adequações a serem feitas na linha férrea para receber o VLT, o superintendente da CBTU informou que os técnicos de uma empresa carioca, ganhadora da licitação para elaborar o projeto, deverão chegar à capital no início do próximo mês. “O projeto vai ser elaborado. Depois disso será licitado para poder ser executado. Com certeza, somente no próximo ano”, declarou.
Comentários