Vigilante assassinado com 8 tiros pode ter ido ao local para um encontro

O silêncio dos moradores, o desconhecimento da vítima no local do crime pela população e a ausência qualquer registro policial e judicial de seu envolvimento com crimes. Este o cenário que o delegado Antonio Lopes, da Delegacia Especializa de Homicídios de Campina Grande vem enfrentando desde a noite de ontem para tentar encontrar os autores do assassinato do vigilante Wagner da Silva Cavalcante, de 28 anos.

Ele foi morto com oito tiros de revólver por volta das 20h, dentro de um veículo Celta, de cor prata (MNQ-9077), que estava estacionado estava na Rua Alderico Pessoa, no bairro do Tambor, próximo a unidade Básica de saúde da Família do bairro. Segundo o delegado Antonio Lopes, moradores da área afirmam desconhecer a vítima e que não presenciaram o crime.

A linha inicial de investigação da polícia é que o vigilante foi até o bairro do Tambor para um encontro, já que seu veículo estava bem estacionado e ele não morava no local, mas no bairro das Três Irmãs, na zona sudoeste da cidade.

Antonio Lopes também investiga uma informação de que no momento do crime outros dois homens estariam dentro do carro com o vigilante Wagner da Silva e eles são apontados como suspeitos pelo assassinato. “ A perícia é quem vai nos trazer melhores informações, mas existem fortes indícios dessa possibilidade”, explica.

Um levantamento realizado pela Delegacia de Homicídios também constatou que Wagner da Silva Cavalcante não possuia nenhum processo criminal ou condenação judicial. A morte do vigilante interrompeu uma pausa de 19 dias sem a ocorrência de assassinatos na cidade.

Após o crime, circularam em redes sociais fotos da vítima e um vídeo onde moradores da área entram no carro em que ele foi encontrado e desligaram o motor, já que ele pressionava o acelerador mesmo após a sua morte.