De André Cananéa do Jornal da Paraíba
Pouco antes de desembarcar em Olinda, na quinta-feira passada, Egberto Gismonti estava na Itália, onde se apresentou. Compositor e arranjador, é um dos mais celebrados virtuosis da música instrumental brasileira no exterior, prova disso é que boa parte de seus mais de 60 discos foram lançados na Europa, no Japão e nos EUA (pelo selo alemão ECM Records).
A volta de Gismonti a João Pessoa, neste domingo (5), é digna de total reverência. Se em janeiro de 2007 ele subiu ao palco do Estação Nordeste em pleno centro da cidade, ao ar livre, desta vez ele poderá mostrar sua música em um ambiente mais divinamente apropriado para sua música: a Catedral Basílica de Nossa Senhora das Neves, no Centro da capital.
Lá dentro, ele irá se apresentar ao lado da Orquestra de Sopros da ‘Pro Arte’, do Rio de Janeiro. Fundada pela flautista Tina Pereira, que morreu em 2008, a orquestra de sopros vem se dedicando a um repertório nobre, interpretando músicas de Moacir Santos, Radamés Gnattali, Tom Jobim, Baden Powell e Hermeto Pascoal e recentemente gravou um CD com obras de Gismonti, produzido pelo músico carioca. O concerto está marcada para as 19h30, com entrada gratuita.
De acordo com informações do site da ‘Mimo’, Egberto Gismonti vem se dedicando a composições de peças sinfônicas que frequentam o repertório de orquestras como a Filarmônica de Tokyo, Orquestra Sinfônica da Lituânia e Petrobras Sinfônica.
Atração local
Antes de Egberto e a Orquestra de Sopros da ‘Pro Arte’, o Paraibones faz as honras da casa. Conjunto de trombones formado por professores e alunos da UFPB, foi criado pelo notável Radegundis Feitosa, ele, um dos grandes trombonistas da Paraíba, cuja carreira foi interrompida tragicamente em junho. Daí, a apresentação deste domingo deverá ser uma bela homenagem ao risonho Radegundis.
