Patrícia Talem mais pop em novo CD

Cantora Patrícia Talem lança o disco ‘Sorte’ onde ela estreia como compositora; o disco é inteiramente gravado no Brasil.

Intérprete que se embrenhou na cena jazzística americana em 2008 com o seu primeiro álbum, gravado com a banda Yellowjackets, Patrícia Talem se lança agora como compositora com Sorte (Radar Records, R$ 21,90), disco produzido por Sandro Albert.

Albert é o mesmo produtor que, na companhia de Marco da Costa, revelou a cantora indicada ao Press Awards de 2010 nas categorias de ‘melhor álbum’ e ‘melhor tour’.

"Na verdade, neste terceiro álbum, o Albert me mandou as harmonias e melodias que estava compondo para uma outra cantora de Nova York", explica Talem. "Eu fiz algumas letras por hobby, ele gostou delas e começamos uma parceria que rendeu mais de 20 músicas juntos. Este acervo originou o álbum que sai de minha zona de conforto: o jazz".

Sorte é o primeiro registro gravado inteiramente no Brasil, com todas as letras em português. Olhos, lançado ano passado, saiu dos estúdios de Tonny Bennet, em Nova Jersey, com participação do baixista americano Christian McBride e a cantora Jane Monheit. O álbum foi pré-indicado à 23ª edição do Prêmio da Música Brasileira e, segundo Talem, será lançado este ano na China.

"Eu respeito muito os artistas que admiro e respeito muito as fases de cada um dentro do jazz, passando por diferentes gêneros e diferentes fases", diz a paulista, fã de Chet Baker e Miles Davis, figura em constante reinvenção dentro do universo do jazz e de gêneros correlatos.

"O fã tem que aprender a olhar diferente facetas do artista e entender que CD’s são registros dos momentos", reflete quem, em 13 faixas, oscila entre as baladas pop que abrem o disco (incluindo a faixa-título ‘Sorte’) e canções de acento mais melódico (como ‘Último adeus’, com Jota Rezende aos teclados).

As cordas, exploradas em quase todas as faixas, dão este novo tom pop que Talem procura imprimir também a sua carreira: "O meu próximo CD pode continuar nessa pegada pop ou retornar ao jazz. Ou ir para um terceiro contexto", assinala.

A opção pelo título do disco teve uma motivação supersticiosa: "Eu escolhi o nome com a intenção de dar sorte nesta nova fase.

O retorno tem sido positivo: começamos a divulgar o trabalho no mês de maio e já fizemos diversas casas", afirma Talem.