Frank Aguiar abre as portas de casa

Cantor Frank Aguiar lança DVD especial que traz a participação de 20 amigos, celebrando seus 20 anos de carreira.

Para comemorar os 20 anos de carreira, Frank Aguiar abriu as portas de sua mansão em São Bernardo do Campo e convidou 20 amigos para acompanhá-lo em 20 canções que lembram sua trajetória. O registro ao vivo está completo no DVD Frank Aguiar 20 anos (Universal, R$ 18,90) e em parte no CD de mesmo nome (Idem, R$ 14,90), o 20º de sua discografia.

"Quis abrir as portas de minha casa para receber os fãs e os parceiros que fizeram parte de minha história", diz o piauiense Frank Aguiar, hoje vice-prefeito de São Bernardo do Campo, candidato à reeleição pelo PTB. "Veio gente de todo o país: casal que se conheceu no meu show e hoje já tem filho moço, o dono da primeira casa noturna em que me apresentei, e todos os amigos, que são uma história a parte".

Um deles é Amado Batista, que participa na faixa ‘Menininha, meu amor’. Foi ele que ajudou Frank Aguiar a se estabelecer em São Paulo quando ele largou o curso de Música no Piauí e se mudou para a ‘cidade grande’, em 1992: "Amado Batista me ensinou muito. Quando cheguei em São Paulo, aluguei uma salinha ao lado do escritório dele e passávamos horas conversando".

Outros, como Luiz Carlos, da banda Raça Negra, foram amizades de bastidores que floresceram em paralelo à trajetória artística de cada um dos amigos: "Vi os primeiros shows do Raça Negra, acompanho desde o início", conta Frank Aguiar, que junto com o sambista tenta tirar a poeira do hit ‘Morango do Nordeste’.

Ex-‘Cãozinho dos Teclados’, Frank Aguiar afirma que não se incomodava com o apelido, que retirou do nome artístico por uma questão de "adaptação": "Naquela época, tinha eu, o Lairton, todos com este apelido. Eles não mudaram. Quando eu vi que as coisas evoluíram, resolvi mudar. Foi o que eu fiz e deu certo. Os fãs cobram muito e são muito exigentes. Se você não pensar grande, ser ousado e se adaptar, morre na praia. Não dava mais para abusar da simplicidade dos teclados".

Atualmente, depois de passar por um período como artista independente, Frank Aguiar considera adepto do gênero ‘forró moderno’: "Não é o forró tradicional de Luís Gonzaga que eu adoro, mas eu precisei achar meu estilo. Passei por várias fases que têm que ser respeitadas. Quando eu vim para São Paulo houve aquele momento do ‘forró universitário’. Depois as gravadoras pararam de vender os artistas e apelei para o mercado informal. Mas hoje não tem como: o artista tem que ter gravadora".

Frank Aguiar assinou com a Universal em maio, e tem contrato com Hamilton Policastro, empresário que é a mão direita do cantor Daniel há mais de 25 anos.

"Ele é um grande gerenciador. Estamos voltando com tudo, apesar de eu nunca ter deixado de gravar depois da política".

Sobre este tópico, Frank Aguiar é enfático: "A política não é só essa coisa ruim que as pessoas acham. É o principal instrumento de colaboração que há hoje. Fui relator do Plano Nacional de Cultura e viajei todo o país tentando planificar a cultura do Brasil. Escrevi o Caderno de Diretrizes que começa a ser executado agora. Deixei a música em segundo plano, mas tudo aconteceu pela música: por que deixar tudo isso de lado?"
Após as eleições, quando pretende ser reeleito na chapa de Luiz Marinho (PT), Frank Aguiar quer retomar a turnê de apresentações. No repertório, a canção ‘Paixão errada’, parceria com Dorgival Dantas, segundo ele o "maior patrimônio da composição brasileira". "Imagino que vamos estourar com esta música, inclusive por aí na Paraíba, que abrigou os melhores momentos do início de minha carreira, naqueles bailões que tinham por aí no Forrock e nas praias", recorda-se, com satisfação.