A primeira vez que a Cia. Circunstância veio ao Nordeste foi a bordo de um fusquinha azul 1973, em uma viagem pelo sul da Bahia entre os anos de 2008 e 2009.
Quatro anos depois, os mineiros retornam, já de avião, a convite da Mostra Permanente de Teatro, Dança e Circo da Paraíba (Vértice), para duas apresentações em João Pessoa (confira a programação ao lado).
A trupe passeia com o espetáculo Palhaços à Vista hoje, às 17h, pelo Ponto de Cem Réis (Centro), e amanhã, às 19h, pela Praça da Paz (Bancários).
Segundo o palhaço Alegria Também (Diogo Dias), o espetáculo foi a peça fundadora da dramaturgia da companhia criada em 2004 e que hoje tem sua própria sede no bairro Jardim América, em Belo Horizonte.
"Palhaços à Vista é o nosso espetáculo mais antigo", diz Diogo Dias. "Começamos a fazer esse trabalho em um formato de experimentação com alguns números de repertório. Ainda não era um espetáculo com dramaturgia a esta época", lembra o ator.
Deste formato, a produção evoluiu para uma homenagem ao circo-teatro brasileiro feita a partir da história de um palhaço aposentado que, em outros tempos, tinha um circo e vivia de sua arte.
"Esse palhaço chega como se fosse para assistir à peça e começa a contar seu passado", explica Diogo Dias. "Como em um passe de mágica, ele volta no tempo e fica mais jovem".
No fim do ano, a Cia. Circunstância vai estrear sua nova peça: De Mala às Artes, uma homenagem ao personagem Pedro Malasartes dirigida por Rodrigo Robleño (Cirque du Soleil). Será a primeira experiência da companhia, de tradição coletiva, com uma direção centralizada.
