Abrindo o leque do batismo das cores

Mostra ‘Cores e Nomes’ da artista paulista Leda Braga, explora a nomeclatura das cores, presentes nas amostras das tintas de parede.

A mostra Cores e Nomes, que será aberta nesta quinta-feira, às 19h, na Galeria Archidy Picado do Espaço Cultural, em João Pessoa, nasceu por uma curiosidade da artista paulista Leda Braga em cima das nomenclaturas presentes nas amostras das tintas de parede.

“Artista plástico tem mania de colecionismo e de ser xereta”, coloca a artista, que enxergou a série de trabalhos da mostra reunindo as cartelas dos exemplos de cores batizadas e lançadas pelo mercado.

Com auxílio das próprias cartelas de cor, a artista plástica faz uma relação dos desenhos com o batismo das diversas tonalidades.

Com isso, a série remete ao mais variado leque de cores e elementos materiais ou imateriais como o vermelho ‘pimenta do reino’, o amarelo ‘dente de leão’, o marron ‘café místico’, o azul ‘português’, entre outros pigmentos.

BEBENDO CORES
Além dos 50 desenhos, dentro da exposição haverá ainda o Policromo Branco, uma instalação de 24 pinturas mostrando os tons de branco, que teoricamente seria a neutralidade resultante da sobreposição de todas as cores.

“Com essa pluralidade, desejo provocar uma reflexão”, pensa. “É uma ironia em relação a essa subjetividade. Existe o ‘branco gatinho’, mas qual é a raça desse gato? Tem uma cor chamada ‘renda primorosa’, mas que renda é essa?”
De acordo com Leda Braga, o vernissage desta noite também trará um coquetel com várias tonalidades de azul, aderindo o clima da exposição.

Cores e Nomes ficará aberta ao público até o dia 30 de setembro.