‘O Manipulador’ ganha o mundo

Série O Manipulador, do paraibano radicado em São Paulo Fabiano Gonper, participa de exposição na Galeria White Project, em Paris.

A série O Manipulador, do paraibano radicado em São Paulo Fabiano Gonper, participa de uma exposição coletiva na Galeria White Project, em Paris, França.

A mostra, intitulada Utopie Distribuée, comemora os dois anos de existência da galeria e fica até o dia 27 de Abril. Gonper realizou uma individual na White Project em 2011 e apresenta dois de seus desenhos da série (com 1,4 x 1,7 metros cada).

Iniciada desde 2007, enquanto ainda estava em João Pessoa, O Manipulador participou no ano passado da Bienal de Gwangju, na Coreia do Sul, uma das mais importantes da região asiática.

Na ocasião, além dos desenhos, Fabiano Gonper exibiu painéis em grande formato (um com 10 x 10 metros na fachada do museu e outro com 4 metros de altura, desenvolvido direto na parede do espaço expositivo da bienal).

“Eu trabalho a ideia de manipulação e controle dos sujeitos nas instâncias cotidianas da vida”, define o artista plástico. “Além da força física, a manipulação de pensamentos e ideias”.

De acordo com Gonper, os trabalhos abrem possibilidades de leituras a respeito das relações de poder, das dimensões da micro e macro política e do capital contemporâneo. As figuras – antes com diálogos corporais mais poéticos – ganharam imagens de homens engravatados. “De certa forma, o desenho ficou mais rígido”, conta o paraibano.

Recentemente, no Brasil, Gonper participou da exposição intitulada Para Além do Arquivo, no Centro Cultural Banco do Nordeste, em Fortaleza, onde foram exibidas as produções de 15 artistas que se aproximam de questões ligadas a arquivos e dispositivos de registros.

Para mais informações sobre a mostra coletiva Utopie Distribuée, basta acessar o site oficial da galeria francesa (www.whiteproject.fr).

DEU NO ‘NY TIMES’
Segundo o artista plástico, seu nome e trabalho na bienal de rua de 2010 foram citados na semana passada, na revista norte-americana New York Times, em matéria sobre a São Paulo dos dias atuais.

Com uma trajetória de 20 anos, Fabiano Gonper afirma se encontrar em um momento de transição artística, onde ele vai fazer a desconstrução dos seus desenhos e voltar às raízes da escultura.

“Mas eu também trago os desenhos para a escultura. Muito do que estou fazendo é ligado”, observa o artista plástico. “É uma transição não muito radical”.