Tributo ao príncipe

Na companhia de sua banda e de convidados,Cezzinha faz tributo a Dominguinhos nesta quinta (28) em Campina Grande.

O pernambucano Cezzinha conheceu o conterrâneo Dominguinhos (1941-2013) aos 13 anos de idade. Morou com o príncipe do baião em São Paulo e aprendeu os segredos da sanfona pelas mãos do mestre, o que faz dele, por tabela, neto de instrumento do rei Luiz Gonzaga (1912-1989).

“Dominguinhos tinha o coração maior do que ele”, afirma o discípulo, que se apresenta hoje em Campina Grande. O show de Cezzinha será dentro da programação de 50 anos do Teatro Severino Cabral, às 20h. Os ingressos custam R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia).

Na companhia de sua banda e dos convidados Amazan, Eloísa Olinto, Terezinha do Acordeon e João Cláudio Moreno (humorista piauiense que é um dos grandes imitadores de Luiz Gonzaga), Cezzinha faz um tributo a Dominguinhos dando asas ao afeto e a um repertório menos tocado do artista.

“É mais do que uma obrigação de qualquer um do segmento do forró fazer uma homenagem a Dominguinhos que, depois de Gonzagão, é o nome de maior extensão do gênero”, opina o jovem sanfoneiro, que emprestará sua personalidade a canções como ‘Faz de mim’, parceria com Nando Cordel.

Segundo Cezzinha, o tributo é feito “para não deixar ninguém esquecer” Dominguinhos, que morreu no mês de julho, aos 72 anos. “Será um momento especial para mim, já que ele era um conselheiro e me indicou para tocar com Elba e com outros artistas”, lembra quem já esteve lado a lado, no palco ou no estúdio, com nomes do quilate de Genival Lacerda e Marinês (1935-2007).

Será também uma celebração do forró que, para Cezzinha, é muito mais que música, é patrimônio: “Luiz Gonzaga já falava isso há muito tempo. O forró é um gênero que abarca toda a cultura. É o caráter do Nordeste. Todos respeitam e admiram o forró, até quem não conhece. Basta começar a tocar para alguém se mexer”.