Com show performático, Johnny Hooker faz show em Campina neste sábado

"Não sei se o beijo gerou alguma reação polêmica", diz o cantor e ator sobre ‘selinho’ que dá no paraibano Luiz Carlos Vasconcelos em videoclipe

Eu Vou Fazer uma Macumba pra Te Amarrar, Maldito! é o nome do disco e turnê do cantor pernambucano Johnny Hooker, que se apresenta a partir das 22h, na Aula Extra Music (antigo Ventura), em Campina Grande. A abertura é da banda paraibana Hijack.

“(O show) é dividido em três atos e se concentra na figura desse ‘Deus do Desejo’ que põe os olhos no Recife e narra essas estórias de amor que se passam lá”, conta o artista, falando de seu personagem no palco. “Do fundo do poço, a chegada de um novo Carnaval para lavar a alma de todo mundo”, acrescenta.

Com uma presença performática, Hooker – que classifica sua música como “brasileira e popular” – concorda que o cantor Ney Matogrosso é uma referência, mas frisa que especificamente no seu trabalho, na composição das músicas e no próprio visual, o norteamento usado não foi dele.

“A música que me levou a ser ator”, explica. “Minha ligação com o cinema vem desde criança. A paixão pelo cinema veio até antes da música, mas queria ser primeiramente um autor/realizador”, conta.

Na dramaturgia, além dos palcos, Johnny Hooker atuou recentemente como Thales Salgado na novela da rede Globo Geração Brasil (2014), na qual também podem ser ouvidas as suas músicas ‘Alma sebosa’ e ‘Crise de carência’. Já ‘Amor marginal’ fez parte da trilha sonora de Babilônia, que foi exibida este ano.

No cinema, fez ponta interpretando outro hit, ‘Volta’, no longa-metragem Tatuagem (2013), dirigido pelo conterrâneo Hilton Lacerda.

Inclusive, o clipe de ‘Alma sebosa’ tem um pé na Paraíba, com a participação especial e mais ‘caliente’ do ator Luiz Carlos Vasconcelos. “Ele é um gênio e uma lenda na profissão que exerce”, elogia. “Na época, estávamos gravando a  novela Geração Brasil juntos e ele topou ser meu par romântico no clipe, o que foi uma honra gigante. Não sei se o beijo gerou alguma reação polêmica. Acho engraçado por que – para mim – é tudo muito natural. As pessoas veem polêmica em tudo”.

‘MELHOR CANTOR’

Recentemente, o pernambucano foi eleito como Melhor Cantor na 26ª edição do Prêmio da Música Brasileira. De acordo com o artista, tal reconhecimento agrega dois valores na sua carreira: “Primeiro, é uma validação da minha música dentro do próprio meio, um abraço de boas-vindas”, analisa. “E segundo porque desperta alguma espécie de respeito nas pessoas”.

Sobre os próximos projetos, Hooker revela que antes do fim do ano estará filmando o clipe de ‘Segunda chance’, com direção da Marina Person, além de um DVD da turnê no primeiro semestre do ano que vem.