Castro Pinto lança coletânea com crônicas, ensaios, resenhas e poemas

‘O leitor que eu sou’, reunião da escrita de Sérgio de Castro Pinto, será lançado em João Pessoa, na sede da APL.

“Desde menino, sou um leitor voraz e veraz. Até bula de remédio eu lia”, rememora o jornalista, escritor e poeta Sérgio de Castro Pinto. Essa sua condição pode ser vista num apanhado de suas escritas na coletânea O Leitor que Sou Eu (Ideia, 202 páginas), que será lançada nesta sexta-feira, a partir das 18h, na Academia Paraibana de Letras (APL), em João Pessoa.

Na ocasião, haverá uma performance musical do Aedos, grupo do Curso de Letras da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), além da apresentação da obra pelo escritor, crítico e pesquisador João Batista B. de Brito.

No livro, foram selecionados algumas crônicas, poemas, prefácios, resenhas, palestras, entrevistas e ensaios, alguns deles publicados nos principais jornais do Estado, inclusive no JORNAL DA PARAÍBA. Adicionando a tudo isso, mais três capítulos de Longe Daqui, Aqui Mesmo – A Poética de Mário Quintana, obra que partiu de sua tese de doutorado e que se encontra esgotada, mais quatro textos escritos com o Joaquim Inácio Brito. “É uma verdadeira miscelânea”, aponta o paraibano.

Dentre as entrevistas colhidas em O Leitor que Sou Eu, uma foi realizada pelo escritor Carpinejar para a revista Entrelivros, a qual a pauta é sobre a importância do poeta Mário Quintana.

Sua primeira influência na leitura foi o pai, o memorialista Petrônio de Castro Pinto, autor de Páginas de um Diário. “Quase todas as crônicas (na coletânea) fundem-se à Revolução de 30, mas do ponto de vista de uma criança”, descreve.  

Ocupante da Cadeira nº 39 da APL, cujo patrono é José Lins do Rego, foi o autor de Menino de Engenho junto com nomes como Cecília Meireles, Vinicius de Moraes e João Ubaldo Ribeiro que também nortearam as letras de Sérgio de Castro Pinto. “Cecília e Vinicius eram mais fluviais. Já João Ubaldo era mais pedregoso, mineral. Ele me marcou muito”, confessa. “Tentei me desvencilhar dele quando incorporei o humor e a ironia de Manuel Bandeira, que consegue extrair o novo do velho”.
No domingo, às 16h, no hall da biblioteca do Espaço Cultural José Lins do Rego, na capital, o Aedos fará um sarau em homenagem ao paraibano.