Otimismo dá o tom de ‘Êta Mundo Bom!’, nova novela das 18h

Trama é ambientada na década 1940 e tem como inspiração clássico de Voltaire e um filme dirigido e estrelado por Mazzaropi.

“Tudo o que acontece de ruim na vida da gente é ‘pra meiorá’”. Esse é o lema de Candinho (Sergio Guizé) sempre que está diante de alguma dificuldade. O destino insiste em pregar peças, mas ele não se sente um coitado. Com esse jeito otimista de ser, o moço bonito do interior guia a história de ‘Êta Mundo Bom!’, a próxima novela das seis.

A trama é ambientada na década de 1940, na capital e no interior de São Paulo, e tem como principais fontes de inspiração o clássico iluminista “Cândido ou o Otimismo”, de Voltaire, e a versão do conto para o cinema brasileiro, “Candinho”, filme protagonizado por Amácio Mazzaropi em 1954. Essa última obra leva o tom caipira à novela. “Quis trazer a discussão que sustenta a todos nós, todo o tempo. O mundo é bom? Há motivos para ser otimista? Então por que acontecem tantas coisas ruins?”, relata o autor Walcyr Carrasco, que une a essas referências centrais elementos do conto “O Comprador de Fazendas”, de Monteiro Lobato, e o universo das radionovelas. “Esse conto e as novelas de rádio são lembranças que me acompanham desde a infância e ajudam a criar uma história engraçada e profunda”, define.

A trama que estreia nesta segunda-feira, é escrita por Walcyr Carrasco, com a colaboração de Maria Elisa Berredo, Daniel Berlinsky, Marcio Haiduk e Claudia Tajes. A direção geral e de núcleo é de Jorge Fernando.

A SAGA

Anos 1920, mansão da rica fazenda Goytacazes. Candinho nasce numa noite chuvosa. O parto é muito difícil, e o Barão de Goytacazes (Celso Frateschi) pode chegar de viagem a qualquer momento. Com a ajuda da mucama e de sua mãe – a Baronesa de Goytacazes (Natália do Vale) – Anastácia (Nathalia Dill), que engravidou sem ser casada, conseguiu despistar o pai durante os 9 meses. Mas, no dia do nascimento do bebê, ele chega em casa e se depara com a situação. O Barão ordena ao capataz que suma com a criança. A mucama consegue impedir que o homem de confiança do patrão jogue o recém-nascido do penhasco, mas também não vê outra saída e acaba embalando Candinho num cesto e colocando-o no rio. A única esperança de Anastácia é um dia reencontrar o filho é o medalhão com uma foto dela que consegue colocar no pescoço do bebê. Levado pelas águas, Candinho vai parar na fazenda Dom Pedro II, uma propriedade decadente no interior de São Paulo, onde vivem Quinzinho (Ary Fontoura) e Cunegundes (Elizabeth Savalla). O casal, que há tempos tenta um herdeiro, decide ficar com o bebê. Mas não demora para Cunegundes finalmente engravidar, e o menino vai sendo deixado de lado”, mesmo com a proteção de Eponina (Rosi Campos) e Manuela (Dhu Moraes), a empregada. Um amigo da família está sempre por perto, apoiando Candinho: Pancrácio (Marco Nanini).