Quinteto Violado canta Dominguinhos em apresentação no Paulo Pontes

Quinteto Violado, que se apresenta com Cezzinha nesta sexta em JP, revela que tem projeto envolvendo textos de Jessier Quirino.

Com o título autoexplicativo, Quinteto Violado Canta Dominguinhos, o grupo pernambucano se apresentará nesta sexta-feira, às 20h, no Teatro Paulo Pontes do Espaço Cultural José Lins do Rego, em João Pessoa. Os ingressos custam R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia).

O tecladista Dudu Alves explica que o show será um pouco diferente da apresentação realizada em agosto do ano passado, no Festival de Inverno de Campina Grande (FICG). “É mais focado para o teatro, apesar de ter músicas apresentadas no show do ano passado”.

O repertório inclui clássicos como ‘Eu só quero um xodó’, ‘Isso Aqui tá bom demais’ e ‘Retrato da vida’, dentre outras.

O show terá a participação do sanfoneiro, cantor e compositor Cezzinha, que também vai reverenciar os clássicos do forró pé de serra com um pout pourri.

“Ele é a pessoa mais indicada dentro da história do homenageado. Cezzinha aprendeu a tocar com ele e a sua voz tem um timbre que lembra Dominguinhos”, compara o músico do quinteto.

Além de Dudu Alves, completam o grupo Roberto Medeiros (percussão e voz), Ciano Alves ( flauta e violão), Sandro Lins (contrabaixo) e o paraibano de Campina Grande Marcelo Melo (voz, violão e viola).
Segundo Dudu, o disco Quinteto Violado Canta Dominguinhos foi pré-selecionado para o Prêmio da Música Brasileira e já foi inscrito para o Grammy Latino.

‘SONHO DE MENINO’

Dudu Alves revela que o Quinteto Violado está ensaiando uma ampliação da homenagem a Dominguinhos, Sonho de Menino, que será lançado em junho.

A vida e obra do artista pernambucano, morto em 2013, terá um espetáculo com 100 dançarinos da quadrilha Raio de Sol (PE), além de textos assinados pelo paraibano Jessier Quirino e declamados pelo puxador ao longo da narrativa que envolve música, dança e teatro.

“Sonho de Menino começa de trás para frente, com Dominguinhos no auge da sua trajetória até chegar como um garoto que recebeu de Luiz Gonzaga uma sanfona”, resume Dudu.

Jessier Quirino conta que a Raio de Sol já tinha adaptado uma obra sua para a dança junina, Paisagem de Interior. “Fiz com muito gosto por se tratar de uma pessoa querida do meu território que é Dominguinhos e pela qualidade artística da Raio de Sol”, justifica.

Jessier descreve que os textos são poéticos e enxutos – devido à questão do time para não se alongar na narrativa do espetáculo.

“Achava a quadrilha junina de rua atual ‘meio Sapucaí’, uma estilização com muitos adereços. Depois que passei a ver com mais zelo, mudei de opinião porque isso tem a licença poética de um espetáculo”, analisa.

Para o paraibano, caricatura desrespeitosa são os dançarinos com remendos e banguelas. “Na festa, matuto vai com sua melhor roupa”.