Site busca proteger a história dos patrimônios de João Pessoa

Desde 2006, projeto da UFPB mostra a formação e a evolução da cidade.

Não há nada que conte mais a história de uma cidade do que seus patrimônios e seus prédios históricos. Buscando conscientizar a população a preservar a identidade e a construção da capital paraibana, a professora universitária Maria Berthilde de Barros dedicou metade de sua vida acadêmica à produção do projeto de extensão Memória João Pessoa.

O projeto, vinculado ao Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), começou em 2006 a partir de uma busca pelo acervo sobre a formação e evolução da cidade. O resultado desta pesquisa gerou, em 2009, um portal criado com o apoio de alunos voluntários da área de Informática e de Mídia Digitais da universidade.

“O projeto nasceu de uma ideia, de muito tempo, de que era possível fazer as pessoas se conscientizarem a proteger os patrimônios da cidade. Já o site começou sem muitas pretensões. Eu vi como uma possibilidade que me daria uma maior abrangência e um exigiria um menor recurso”, contou Maria Berthilde, coordenadora do projeto. Ela é professora do curso de Arquitetura e Urbanismo e leciona as disciplinas de História da Arquitetura e Patrimônio.

O portal Memória João Pessoa continua no ar, mesmo após 8 anos, e possui um breve informativo sobre o tombamento de alguns prédios da capital e a memória coletiva dos pessoenses que cederam imagens originais para construir com mais detalhes a evolução da cidade.

No site, é possível acessar uma linha do tempo que perpassa desde a fundação de João Pessoa até o século XX. Além disso, é possível conhecer conceitos básicos como o que se entende por patrimônio, preservação e tombamento. Outras possibilidades são o envio de postais, o acesso a uma galeria e, ainda, a interação com um game que compara fotos antigas com fotos recentes de João Pessoa.

Outra parte do projeto Memória João Pessoa se dedica a realizar oficinas de educação patrimonial em escola públicas e privadas da capital. Com as oficinas é possível, desde cedo, desenvolver um senso de pertencimento e de proteção nos futuros cidadãos, conforme a professora Maria Berthilde.