CULTURA
Admirável chip artístico
Estação Ciência Cabo Branco traz para João Pessoa a mostra 'Arte Cibernética'; vernissage acontece nesta quarta-feira (3).
Publicado em 03/10/2012 às 6:00
Usar uma máquina de datilografar para criar vida binária, descer uma escada feita de luz ou se banhar com uma chuva de letras coloridas. Essas são algumas das sensações que o público poderá presenciar na mostra Arte Cibernética, que terá vernissage nesta quarta-feira, às 19h, na Estação Ciências, em João Pessoa.
São oito instalações oriundas das 17 obras da Coleção Itaú Cultural de São Paulo que reúne trabalhos interativos de artistas brasileiros e de várias partes do mundo.
Amanhã, às 19h30, no mesmo local, o coordenador do Núcleo de Inovação do instituto paulista, Guilherme Kujawski, ministrará uma palestra gratuita sobre o tema.
Entre as peças, o observador sente a vertigem do movimento de descida virtual em Descendo a Escada, criada por Regina Silveira. “É uma reconstrução digital do trabalho anterior de fotografia e perspectiva chamado Escada Inexplicável 2", conta a gaúcha, que é uma das pioneiras de video-arte no país. Para ela, o uso das tecnologias faz parte da poética do trabalho. "São caminhos que servem a expressão artística como o lápis", explica.
Em Les Pissenlits, dos franceses Edmond Couchot e Michel Bret, o sopro do espectador determinará os movimentos das sementes de dentes-de-leão em um painel. Um jardim virtual também é polinizado em Ultra-Nature, do mexicano Miguel Chevalier.
Já Life Writer, desenvolvido pela belga Christa Sommerer e pelo francês Laurent Mignonneau, quando o visitante datilografa, as letras se transformam em criaturas artificiais que flutuam no papel.
Cordas vibram com frequências de luz e som em OP_ERA: Sonic Dimension, criado pelas paulistas Daniela Kutschat e Rejane Cantoni.
Text Rain, da norte-americana Camille Utterback e do israelense Romy Achituv, conta com a projeção do participante onde uma série de letras coloridas cai sobre seu corpo.
PixFlow #2, do coletivo belga LAb[au], mostra partículas que fluem conforme a densidade em displays horizontais.
Por fim, o visitante regula a rapidez do movimento de centenas de números em Reflexão #3, da paulista Raquel Kogan.
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