CULTURA
Com as bênçãos de Chico
Após participação especial no lançamento do DVD de Chico César, cantor e compositor Dani Black apresenta seu álbum de estreia na Paraíba.
Publicado em 03/05/2012 às 6:30
O show de Chico César no último sábado, em João Pessoa, teve um convidado, até então, desconhecido para o público paraibano: o cantor e compositor paulista Dani Black.
Para os presentes no show de Chico que aprovaram - ou para os que querem conhecer - o trabalho do jovem artista, Black apresenta seu álbum de estreia hoje no Teatro Santa Roza, a partir das 21h.
O contato com Chico César, no entanto, não é de hoje. Dani Black conta, em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA, que quando era criança, o paraibano costumava tomar conta dele e de sua irmã, quando os pais saíam. Não raro, Chico os acalmava com suas canções.
O menino, no entanto, cresceu. E quem tomava conta, agora é um parceiro. “Recentemente, ele me convidou para participar do seu DVD Aos vivos Agora, que é um registro de seu primeiro trabalho Aos Vivos, um dos discos que mais ouvi na vida. Imagina o que senti quando, 16 anos depois, estava tocando esse repertório com ele?”, revelou o cantor.
Das 13 músicas do CD Dani Black (Som Livre), apenas uma não é composta por ele: justamente “Comer na mão”, de Chico César. “Ele não podia faltar no meu disco de estreia!”, completa.
Classificar uma banda ou um artista em um estilo pode ser bem limitante, apesar de ser um exercício frequente. O trabalho de Dani Black passa bem essa ideia. Além de não englobar totalmente todas as sonoridades trazidas pelo paulista, rotular seu trabalho daria a impressão de que o que produz já está terminado, fechado, sem espaços para mudanças.
E não é isso que percebemos quando ouvimos seu álbum, já recomendado por nomes de peso da MPB.
INFLUÊNCIAS FAMOSAS
Como o próprio Dani Black indica, suas influências são as mais variadas. O resultado não teria, então, como ser diferente da pluralidade.
“Ouvi muita musica brasileira, os mestres das nossas canções e também muita música instrumental. De fora, ouvi também do mais pop às grandes figuras do Jazz. Acho que tudo isso entra na influência desse trabalho. Pois ele reflete tudo o que me formou e me forma musicalmente”, resume Black.
E Chico César não é o único a endossar o trabalho de Dani Black. Antes mesmo de lançar seu álbum, Dani teve composições gravadas por Maria Gadú, Lenine, Ney Matogrosso e Zélia Duncan.
E a simbiose musical se faz presente. Os que hoje aprovam o trabalho de Dani Black foram e são suas influências. “Eles entram com muito peso na minha mistura de influências. São ídolos.
Ouvi demais todos eles, e com certeza estão enraizados na minha veia musical. Isso só ajuda. Acho que, inclusive, diminui a pressão”, diz Dani Black.
Dani mostra intimidade com a música, com a guitarra e o violão que toca. Essa intimidade não poderia ter surgido do nada. O cantor e compositor vem de uma família de músicos. A mãe, a cantora Tetê Espíndola, o pai, o compositor Arnaldo Black.
“Tive a sorte de nascer numa família musical, então desde criança estive cercado de muita música e artistas que admiro muito. Isso me alimentou demais e me influenciou de uma maneira muito natural ao longo do tempo”, resume Dani.
Com uma voz marcante e letras românticas, Black aparece para se juntar às revelações relevantes para a música nacional dos últimos anos.
Ansioso para tocar, agora sozinho, em João Pessoa, o cantor dispara: "Essa terra é muito especial e tocaremos com toda a nossa energia!"
Serviço
• Dani Black. No Teatro Santa Roza (Pça. Pedro Américo, s/nº, Centro, João Pessoa – tel.: 3218.4382), hoje, 21h. Ingressos: R$ 20 (antecipado, na loja Brado, av. Edson Ramalho)
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