CULTURA
Do trip-hop ao psicodélico
Revelação de 2013 e de 2014, Rieg e Gauche dividem, hoje, o palco do Pogo Pub para mostrar que a cena local vai muito bem.
Publicado em 21/02/2015 às 6:00 | Atualizado em 21/02/2024 às 16:16
Duas bandas importantes da atual safra autoral de João Pessoa irão dividir, pela primeira vez, o palco. O trio Rieg e o quarteto Gauche se revezam, logo mais, no Pogo Pub, reduto roqueiro do Centro Histórico da capital (fica no casarão 22 da praça Antenor Navarro), com shows individuais que começam às 22 horas. Os ingressos, à venda no local, custam R$ 10,00.
Rieg e Gauche são exemplos de que a cena musical local vai muito bem, obrigado. Grande revelação de 2013, Rieg transita com desenvoltura no mundo da música eletrônica. Faz um trip-hop bem cozinhado com referências a filmes B e programas trash de TV, com letras em inglês.
O grupo tem como frontman o norte-americano Rieg Rodig, nerd apaixonado por sintetizadores que atende pelo nome artístico de Between2d. “Eu adoto esse personagem que é até bem diferente do que eu sou na vida real, para poder fazer as coisas que eu faço no palco e distinguir o Rieg 'pessoa' do Rieg 'banda'”, justifica.
A ele se juntam Daniel Jesi (baixo) e Nildo Gonzalez (bateria) para fazer um som na linha do Gorillaz, Tricky e Tobacco. No show de hoje, o trio promete mostrar o bom e velho repertório que estará presente no aguardado disco de estreia.
Gravado em 2013, 12:00 é um álbum conceitual, sobre um menino que descobre o passado obscuro do pai através da velha coleção de fitas VHS dele. “Em março vamos lançar um single e um EP chamado I Don't Know”, avisa o vocalista. “O material é a primeira parte da narrativa que o álbum conta. O EP revela um pouco sobre o passado do pai”.
PSICODÉLICO
Nildo Gonzalez é um ponto de intersecção com a outra banda da noite, Gauche. Foi ele quem produziu o ótimo Teatro de Serafins, disco de estreia do quarteto, lançado em novembro do ano passado.
Com um bom time de músicos - Bruno Guimarães (vocal, teclado, guitarra base), Berg Ferreira (baixo), Luís Venceslau (guitarra solo) e Paulo Alvez (bateria) – o grupo consegue ser, ao vivo, ainda melhor que em disco, com um som que tem um pé no rock progressivo e outro no psicodélico, bem (de)cantado com letras em português.
Com influências que começam nos The Birds e vão até os Stones Roses, passando por Pink Floyd (fase Syd Barrett), Echo & The Bunnyman, Secos & Molhados e Os Mutantes, Gauche emplaca entre as boas canções do repertório 'Mágica’, 'Céus circulares' e 'Reminiscências'. “A gente vai fazer o repertório do disco na integra e uma inédita, ‘Pássaro veloz’”, comenta Bruno.
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