CULTURA
Fotos e um resumo da produção literária compõem livro sobre José Américo
Em virtude dos 35 anos sem o 'Homem de Areia', será lançado hoje, em João Pessoa, livro sobre trajetória política e literária do paraibano.
Publicado em 10/03/2015 às 6:13 | Atualizado em 19/02/2024 às 17:04
José Américo - Uma Fotobiografia (Ideia, 680 páginas, R$ 30,00) reúne momentos marcantes da vida política e literária do ilustre paraibano. O lançamento acontecerá nesta terça-feira (10) – dia em que são lembrados os 35 anos da morte do homenageado –, a partir das 19h, na Fundação Casa de José Américo, em João Pessoa.
Antes, às 17h, no mesmo local, será celebrada uma missa seguida da exibição do longa-metragem O Homem de Areia (1981), com direção de Vladimir Carvalho, onde José Américo responde perguntas sobre momentos históricos da política do país que testemunhou e protagonizou, como a crise na Paraíba que culminou com o assassinato do presidente João Pessoa.
“Se a Fundação Casa de José Américo tem como um dos seus objetivos cultivar a memória do José Américo político, homem público e sobretudo o autor de A Bagaceira, que inovou a literatura brasileira com o ‘regionalismo literário’, nada acontecerá relativo a José Américo de Almeida que deixe de ser comemorado”, certificou Damião Ramos Cavalcanti, presidente da entidade.
Resultado de quase dois anos de trabalho, José Américo - Uma Fotobiografia é assinado por Maria do Socorro Silva de Aragão, Neide Medeiros Santos e Ana Isabel de Souza Leão Andrade e teve financiamento do Fundo de Incentivo à Cultura Augusto dos Anjos (FIC).
De acordo com Ana Isabel de Souza, além do extenso acervo de fotografias na obra, há um resumo de toda produção literária de José Américo, junto com seus discursos, relatórios e livros de memórias.
“Escolhemos algumas das mais de 19 mil correspondências”, aponta a coautora. “São cartas manuscritas e datilografas para acadêmicos da Academia Brasileira de Letras (ABL) – como Jorge Amado e Gilberto Freyre – e da Academia Paraibana de Letras (APL) e aos amigos como Epitácio Pessoa, Abelardo Jurema, Ivan Bichara Sobreira, Pedro da Cunha Pedrosa e Ernani Sátiro”.
Ainda segundo Ana Isabel, os registros iconográficos testemunham as várias épocas do personagem: desde quando ele era governador, senador e ministro, passando por capas dos seus livros e artigos que assinou em revistas como Era Nova e O Cruzeiro, além de partituras compostas pelo maestro José Siqueira (1907-1985) com base nos poemas presentes em Quarto Minguante (1975), a exemplo de ‘Minha estrela’.
A edição foi fruto de uma pesquisa realizada em várias entidades como o Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP), APL e a biblioteca da Fundação Casa de José Américo, este último com mais de 360 mil documentos sobre o paraibano de Areia. Entre 1981 e 2003, Ana Isabel de Souza organizou os arquivos da casa.
O evento ainda terá o lançamento da exposição Portas e Portões de João Pessoa Antiga, com 12 trabalhos de acrílico sobre tela dos artistas Miguel Bertollo e Neide Santos, que incluem duas pinturas de entrada da própria fundação que leva o nome de José Américo.
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