icon search
icon search
home icon Home > cultura
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
Compartilhe o artigo
compartilhar no whatsapp compartilhar no whatsapp compartilhar no telegram compartilhar no facebook compartilhar no linkedin copiar link deste artigo
compartilhar artigo

CULTURA

Luísa de cara nova

Maria Adelaide Amaral lança a quarta edição do sue primeiro romance e revela os próximos projetos no teatro e na televisão.

Publicado em 07/07/2013 às 10:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 14:20

Relacionamentos amorosos, descobertas, inconformismo, movimentos políticos, exílio e prisão. Estas são apenas algumas das características que podem descrever o livro Luísa (Quase Uma História de Amor) (Globo Livros, 272 págs., R$ 35,00), de Maria Adelaide Amaral. A obra, lançada originalmente em 1986 e vencedora do Prêmio Jabuti de Literatura, ganha sua quarta edição com um conteúdo tão atual como quando foi escrita.

O livro, romance de estreia de Maria Adelaide Amaral, conta a história de Luísa a partir do ponto de vista de cinco personagens fundamentais na vida da protagonista. Os acontecimentos são narrados pela melhor amiga, o melhor amigo, o apaixonado platônico, o amante e o marido. Os diferentes posicionamentos auxiliam na construção e descoberta da personalidade de Luísa.

Em entrevista ao JORNAL DA PARAÍBA, a roteirista, dramaturga e escritora contou que a história se enquadra no momento sociopolítico que o Brasil está vivendo. “O conteúdo continua atual, vivo, principalmente por causa dos recentes protestos, já que o romance se ambienta de 1979 a 1984, tendo como plano de fundo essa inquietação e a conotação política é reflexo do que eu mesma vivi naquela época”, revela.

Além disso, ela afirma que o romance é semelhante ao de qualquer pessoa. “Todas as histórias de amor são muito diferentes e muito semelhantes nas suas expectativas, nos seus desejos, nas suas frustrações e nos seus desenganos”, destaca a escritora.

Natural de Alfena, Portugal, Maria Adelaide migrou com a família para São Paulo aos 12 anos. Quando começou a trabalhar, integrou a equipe do Grupo Abril, tornou-se dramaturga e no lançamento de Luísa já havia recebido três prêmios em reconhecimento de suas peças.

O início de suas produções para o teatro aconteceu em 1975 com o texto 'A Resistência'. No entanto, a primeira encenação foi com 'Bodas de Papel', montado em 1978 e apresentado em São Paulo.

Antes de terminar de escrever Luísa (Quase Uma História de Amor) - a obra começou a ser produzida em 1979, mas só foi concluída em 1986 -, a escritora adaptou o terceiro capítulo do livro para o teatro.

Intitulada De Braços Abertos, a peça, que teve a participação de Irene Ravache e Juca de Oliveira, recebeu diversos prêmios e foi responsável por projetar o nome de Maria Adelaide.

“Escrevi três capítulos do livro em 1979, mas não tinha tempo para terminar de escrever. Em 1984, a pedido de Irene Ravache, fiz uma peça baseada no terceiro capítulo do livro e quando vi encenada, percebi que precisava terminá-lo”, revela.

No ano que vem, em comemoração à primeira encenação da peça, será montado um espetáculo, intitulado Um Homem e Uma Mulher, que mostra Sérgio e Luísa 30 anos depois da história retratada no livro e apresentada em De Braços Abertos.

MAYANA NEIVA

Além de se preparar para um novo espetáculo, a autora atualmente está no ar com a novela Sangue Bom (Rede Globo), escrita por ela em parceria com Vicent Villari. O elenco tem a participação da atriz paraibana Mayana Neiva, que interpreta a personagem Charlene de Souza. A relação profissional entre a atriz e a escritora teve início em 2008, quando a paraibana atuou na minissérie Queridos Amigos, baseada no livro Aos Meus Amigos (1992) escrito por Adelaide Amaral.

“Adoro a Mayana, não apenas por ela ser um doce de criatura, toda linda por dentro e por fora, mas porque ela é muito talentosa.

Mayana é uma querida amiga, uma grande atriz e as pessoas a adoram”, comenta a dramaturga.

Com uma agenda atribulada e sem possibilidade de conciliar teatro, literatura e novelas, Maria Adelaide planeja para o próximo ano o lançamento de duas peças. Além da vida de Sérgio e Luísa, a outra montagem - prevista para estrear em março de 2014 - abordará a vida da pintora mexicana Frida Kahlo.

Em relação aos livros, Maria Adelaide confessa que está cada vez mais difícil conciliar a produção com as outras atividades que exerce. “Não sei escrever um romance em três, quatro meses, porque ele exige muito mais que televisão e teatro, por isso vivo comentando que escreverei quando envelhecer, mas já estou ficando velha e continuo com o mesmo ritmo frenético de trabalho”, conta, aos risos.

Além disso, a autora está na expectativa para a produção de uma minissérie que ainda está no projeto, mas a pretensão é fugir do eixo Sul-Sudeste e apresentar aspectos da história do Nordeste. “Tenho um carinho enorme pela Paraíba e pelo Nordeste, então já está passando da hora de produzirmos algo relacionado à história dos nordestinos”, confessa.

Maria Adelaide revela que o foco da minissérie seria a vida do conde Maurício de Nassau. “Não sei como nem quando estreará, mas a pesquisa já está pronta e há uns sete anos, luto para colocar o projeto na televisão. Como o orçamento de produções de época é altíssimo, ainda não tenho previsão, apenas torço para que dessa vez dê certo”, confessa.

Imagem

Jornal da Paraíba

Tags

Comentários

Leia Também

  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
    compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp
  • compartilhar no whatsapp