CULTURA
Para todos que nasceram
Mostrando a grave realidade obstétrica mundial documentário 'O Renascimento do Parto' entra em cartaz a partir desta sexta-feira (23) em JP.
Publicado em 23/08/2013 às 6:00 | Atualizado em 14/04/2023 às 16:20
“O público alvo é todo mundo que já nasceu um dia”, explica ao JORNAL DA PARAÍBA a roteirista e produtora Érica de Paula sobre O Renascimento do Parto (Brasil, 2013), documentário que entra em cartaz a partir desta sexta-feira, em apenas uma sessão diária (sempre às 18h), no CinEspaço (MAG Shopping), em João Pessoa.
O filme mostra a grave realidade obstétrica mundial, sobretudo a brasileira, já que o país é o campeão de cesarianas. O longa-metragem chama a atenção também para o grande número de partos com intervenções traumáticas e desnecessárias, em contraponto com o que é sabido e recomendado atualmente pela ciência, humanizando o ato de nascimento.
“Isso é uma questão de saúde”, aponta o diretor Eduardo Chauvet, que é casado com a roteirista. “É para as pessoas pensarem em um parto com mais segurança, munidas da informação de todas as escolhas que dispõem”.
Além da "violência" do parto cesariano, Érica de Paula chama a atenção para as consequências dos pais sempre ‘agendarem’ o nascimento dos filhos. A roteirista – que atua como educadora perinatal em Brasília – atenta para o fato de sermos uma civilização nascida sem os chamados ‘hormônios do amor’, a ocitocina, liberados apenas em condições específicas de trabalho de parto.
“A ocitocina é liberada em várias ocasiões, mas talvez o momento que mais libere é no parto. Esse hormônio faz a mãe e o filho se apaixonarem”, frisa. “Mas isso não quer dizer que na cesariana não possa acontecer, apesar de que o procedimento vai dificultar um pouco esse vínculo”.
O Renascimento do Parto conta com os depoimentos do cientista francês Michel Odent, da antropóloga norte-americana Robbie Davis-Floyd, da parteira mexicana Naoli Vinaver, do ator e diretor de cinema Márcio Garcia e de sua esposa, a nutricionista Andréa Santa Rosa.
UNIVERSAL
Foram 2 anos de produção que resultaram em mais de 20 horas de material bruto. “Foi escolhido a dedo cada locação e personagem para o filme”, afirma Chauvet. “Ele tem uma ‘cara’ e pegada dinâmica e uma linguagem moderna, com começo, meio e fim”.
Dentre as imagens fortes de partos, o diretor fala que até clínicas do Equador liberaram imagens para o documentário. “Quem assistiu já disse que chorou, riu, se impressionou, se surpreendeu, teve raiva... É um filme que vai de oito a 80 nas emoções”, afirma do diretor.
De acordo com Chauvet, O Renascimento do Parto já começa seu caminho pelo globo: será exibido nos Estados Unidos, Venezuela e China (passando nesta última em cinco cidades, inclusive Pequim). “O sentimento é universal e o tema é urgente”.
ADAPATAÇÃO 'TEEN' ESTREIA EM JP E CG
Depois das franquias como Harry Potter, Crepúsculo e Percy Jackson, uma nova adaptação ‘teen’ vinda da literatura chega às telonas de João Pessoa e Campina Grande a partir de hoje: Os Instrumentos Mortais - Cidade dos Ossos (The Mortal Instruments: City of Bones, EUA, Alemanha, 2013).
Baseado no primeiro livro da série homônima escrita por Cassandra Clare, o longa acompanha uma jovem (a britânica Lilly Collins, de Um Sonho Possível) que presenciou um assassinato, mas não sabe o que fazer porque o corpo da vítima sumiu e aparentemente ninguém viu os envolvidos no crime.
Com sua mãe (Lena Headey, de Dreed) desaparecida sem deixar vestígios, ela precisa enfrentar uma Nova York diferente e oculta, repleta de demônios, magos, fadas, lobisomens, entre outros seres, já que ela é uma ‘Caçadora das Sombras’.
Para ajudá-la na busca pela mãe, a garota conta com seu amigo (Robert Sheehan, de Caça às Bruxas) e um caçador de demônios, interpretado por Jamie Campbell Bower, que é veterano nessas adaptações. Foi o Caius na saga Crepúsculo e Gellert Grindelwald em Harry Potter.
A direção fica por conta do norueguês Harald Zwart (realizador do novo Karatê Kid).
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