CULTURA
Sabrina Casado se vê como bailarina clássica
“Eu queria ser vista e analisada como bailarina e não só como uma pessoa com deficiência que gostava de dança”, disse Casado.
Publicado em 01/11/2011 às 6:30
Ela era criança quando começou a dançar. Por força do acaso, fez uma pausa na carreira. Foi por causa da perda da visão que há 7 anos retornou e encara a arte como profissão. Sabrina Casado se enxerga como uma bailarina clássica apesar da atual incursão em trabalhos mais contemporâneos.
A volta à dança veio marcada e impulsionada por um objetivo.
“Eu queria ser vista e analisada como bailarina e não só como uma pessoa com deficiência que gostava de dança”, diz. Assim, os temas relacionados à inclusão se tornaram uma bandeira pessoal e que se reflete no palco a partir da união entre pessoas portadoras e não-portadoras de deficiências.
Para ela, a arte une, aproxima. É com esse conceito que hoje ela também atua como diretora no seu trabalho mais recente, o espetáculo Morada, o quarto da Equilíbrio Cia. de Dança.
E sobre isso ela explica que não opina tanto sobre roupas, ou cenário. "Essa parte mais plástica fica a cargo do Elias Miguel, mas eu consigo ‘ver’ o bailarino em si, com cada movimento e percebo o que ele faz de melhor, fico mais próxima deles”, comenta.
Sabrina fala, ainda, que com a conversa do dia a dia ela conhece mais a personalidade de cada um. Nesse mesmo passo, os amigos de palco se abrem. “O diálogo ajuda e às vezes com os professores de dança eles mantêm uma distância maior do que comigo”, explica Sabrina.
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