George Harrison na sua melhor composição e em cinco álbuns

Uma canção e cinco álbuns como lembranças de George Harrison.

Que tal?

Se estivesse vivo, nesta terça-feira (25), ele faria 77 anos.

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Qual a grande canção de Harrison?

Para mim, Something.

É a segunda faixa do lado A de Abbey Road, de 1969, último disco gravado pelos Beatles. E única música de Harrison a ocupar, também em 1969, o lado A de um single do grupo (no lado B, ficou Come Together).

Foi composta ao piano, em 1968, durante as gravações do Álbum Branco, provavelmente sob inspiração de Ray Charles.

O primeiro verso da letra (“something in the way she moves”) vem de uma canção de James Taylor, gravada pouco antes no selo Apple, que pertencia aos Beatles.

Muita gente regravou Something: o próprio Ray Charles, Elvis Presley, Frank Sinatra. É a música mais regravada dos Beatles, à exceção – claro! – de Yesterday.

The Voice, numa performance ao vivo, uma vez atribuiu a autoria à dupla Lennon/McCartney.

Joe Cocker, espécie de cover branco de Ray Charles, fez uma belíssima e impactante releitura da canção no segundo disco de sua carreira.

Harrison interpretou Something ao vivo no concerto para Bangladesh, em 1971. Duas décadas depois, fez novo registro ao vivo, no álbum gravado no Japão. Nas duas gravações, quem está ao seu lado é o guitarrista Eric Clapton.

Num álbum dedicado ao cancioneiro dos Beatles, Sarah Vaughan transformou a balada em bossa nova e ainda convidou Marcos Valle para cantar um trecho em Português.

Paul McCartney a incorporou ao set list dos seus shows como tributo ao amigo.

A gravação dos Beatles beira a perfeição.

O vocal de George, as vozes de John e Paul, o solo de guitarra, as notas graves do piano, o caminho percorrido pelo baixo, as cordas arranjadas e conduzidas por George Martin.

Na minha opinião, nenhuma versão de Something supera a dos Beatles.

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All Things Must Pass.

O melhor disco de Harrison. Um álbum triplo gravado logo após a dissolução dos Beatles.

Tem algumas das suas canções mais conhecidas, além de uma longa jam session com os amigos.

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The Concert for Bangladesh.

Traz  o concerto realizado em Nova York, em agosto de 1971.

George e os amigos tocam e cantam para arrecadar fundos para a população faminta de Bangladesh.

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Living in the Material World.

Give Me Love, um grande hit, puxa o repertório desse disco feito por um artista perfeccionista.

O repertório reúne belas e melancólicas baladas compostas por Harrison.

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Cloud Nine.

Último disco autoral de George. Rocks e baladas se alternam num trabalho maduro.

Há uma certa nostalgia nas canções, como se, às vezes, a gente estivesse ouvindo os Beatles.

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Traveling Wilburys.

Uma brincadeira de George com seus amigos famosos. Entre eles, Bob Dylan e Roy Orbinson, que morreu logo após a gravação.

Os cinco interantes do grupo usaram pseudônimos.

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