Século XX foi o século do jazz, não dos Beatles ou da guitarra

Século XX foi o século do jazz, não dos Beatles ou da guitarra

Hoje (30) é o Dia Mundial do Jazz.

Reproduzo o que, certa vez, contou-me um amigo.

Ele estava na casa de um profundo conhecedor de música erudita e ouviu deste o seguinte comentário:

“O século XX foi o século de Herbert Von Karajan”.

Karajan, o fabuloso maestro da Orquestra Filarmônica de Berlim e, até o advento do CD, poderosa marca da indústria do disco.

Meu amigo ousou discordar do anfitrião:

“O século XX foi o século dos Beatles e da guitarra”.

Gostei da história, mas não fiz nenhum comentário.

Depois foi que pensei:

“Que nada! O século XX foi o século do jazz!”

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Gilberto Gil me disse, numa conversa sobre Thelonious Monk e Miles Davis, que o jazz é o homem no abismo da improvisação.

Moacir Santos – ouvi dele – preferia o jazz ao rock porque, segundo o maestro, aquele tem células musicais mais desenvolvidas do que este.

Eric Hobsbawm, grande historiador marxista, assim definiu o jazz:

“Não é um gênero autocontido ou imutável, não é uma linha divisória, mas uma vasta zona fronteiriça que o separa da música popular comum”.

Ouço jazz pensando que é a mais rica e importante expressão da música popular do mundo.