Além do jornalismo, o conteúdo local é estimulante em afiliadas

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Desde que foram colocadas no ar, há mais de três décadas, a TV Cabo Branco, de João Pessoa, e a TV Paraíba, de Campina Grande, de vez em quando, foram além dos espaços jornalísticos a elas reservados pela Globo.

Cito dois bons exemplos ainda dos primórdios das duas emissoras.

A emissora campinense realizou a série A Paraíba e Seus Artistas, com documentários gestados e dirigidos pelo professor e jornalista Rômulo Azevedo.

A emissora pessoense fez Sinfônica Jovem em Concerto, com garotos e garotas tocando música clássica sob a regência do maestro Osman Gioia.

Lembro dessas produções agora que foi exibido o programa Papel de Bodega, um especial junino conduzido por Jessier Quirino, esse talentosíssimo artista de Itabaiana.

Do YouTube para a tela da TV, Papel de Bodega foi realizado com esmero pela equipe que o transformou num programa de televisão.

Tecnicamente bem acabado e bem apresentado por Jessier, o especial acertou também nos convidados (Zé Lezin, Biliu de Campina, Flávio José, Antônio Barros e Cecéu, Chico César) e nos diversos números musicais.

Também fez o certo quando respeitou as normas tão importantes e necessárias do isolamento social.

O que fica então de Papel de Bodega?

Fica, especificamente, a sugestão para que Jessier Quirino e seus convidados possam voltar num outro momento.

E, genericamente, fica o estímulo à produção de outros conteúdos.

Não é fácil porque emissoras como a Cabo Branco e a Paraíba foram primordialmente pensadas para a produção de jornalismo.

Mas é muito importante.