Sob Bolsonaro, a mentira agora é chamada de inadequação

No primeiro momento, era o currículo que fazia de Carlos Alberto Decotelli  um grande nome para o Ministério da Educação.

Nas redes sociais, bolsonaristas chegaram perto de orgasmos inenarráveis.

Estamos em êxtase!

Um tremendo acadêmico no MEC!

Coisas assim.

Nem precisava disso tudo.

Afinal, não é titulação acadêmica que fará do cara um grande ministro. Mas foi o que venderam depois do desastre chamado Weintraub.

Muito bem. Entre o anúncio e a posse adiada, houve a diluição do currículo. Como nunca testemunhamos.

Professor pela Fundação Getúlio Vargas?

Nem tanto, diz a própria FGV.

Mestrado pela Fundação Getúlio Vargas?

Sim, mas com suspeita de plágio na dissertação.

Doutorado na Argentina?

Créditos pagos, tese reprovada, informa a universidade. Ou seja: não é doutor.

Pós na Alemanha?

Claro que não, garante a universidade.

O ministro não empossado é chamado a dar explicações.

Foi ao Planalto e deve ter dito coisas que – convenhamos – o presidente não entende.

Inadequações, foi como Bolsonaro traduziu a coisa.

Vivemos para ver: a mentira agora pode ser chamada de inadequação.