Bolsonaro precisa aprender a escolher o ministro da Educação

Ricardo Vélez Rodrigues foi ministro da Educação por pouco mais de três meses.

Ficou no cargo entre janeiro e abril de 2019.

Indicado por Olavo de Carvalho, chamou de canibais os brasileiros que viajam ao exterior. Mandou filmar os estudantes cantando o Hino Nacional e, numa carta enviada às escolas, usou o slogan da campanha de Bolsonaro. Foi demitido por incompetência.

Abraham Weintraub foi ministro da Educação por pouco mais de 14 meses.

Ocupou o cargo entre abril de 2019 e junho de 2020.

Admirador de Olavo de Carvalho, criou mais problemas do que encontrou soluções. Sob Weintraub, o MEC não soube realizar o Enem. Integrante da ala ideológica do governo, inviabilizou-se quando sugeriu a prisão dos 11 ministros do Supremo Tribunal Federal.

Carlos Alberto Decotelli, o brevíssimo, foi ministro da Educação por cinco dias.

Ficou no cargo entre 25 e 30 de junho de 2020.

Dizia que era doutor, mas não era. Dizia que tinha pós, mas não tinha. Na dissertação de mestrado, suspeita de plágio. Foi derrubado pelas mentiras – que o presidente chamou de inadequações – postas em seu currículo. Entregou a carta de demissão antes mesmo da posse.

O Ministério da Educação ficou mais uma vez sem ministro no dia em que o governo do presidente Jair Bolsonaro completou 18 meses.

Vélez + Weintraub + Decotelli.

Essa soma demonstra cabalmente que o presidente ainda não soube escolher o seu ministro da Educação.

Há um ano e meio, o Brasil está à deriva numa área absolutamente essencial.