Quer dizer, então, que Bolsonaro é maior do que Bonifácio, Pedro II, Rui Barbosa e Getúlio?

O presidente Jair Bolsonaro durante solenidade de Ação de Graças, no Palácio do Planalto.

De um amigo, ouvi que Ipojuca Pontes é um crápula.

De outro, que é um canalha.

De um terceiro, que é um completo imbecil.

Não vou usar esses adjetivos para me referir ao cineasta que – como secretário de Cultura do presidente Collor – acabou com o cinema brasileiro.

São muito fortes. Deixo que os outros usem.

Mentiroso, talvez possa usar e explico o motivo. Quando Fidel, aos 80 anos, deixou o governo, Ipojuca escreveu que Castro morrera e que Cuba procurava o momento de fazer o anúncio.

Ora, Fidel viveu por mais uma década.

O cineasta confundiu desejo com realidade – foi mais ou menos assim a explicação que ouvimos dele numa entrevista à extinta TV O Norte.

Mas falemos do presente.

Estarrecido, li, nesta quinta-feira (12), um artigo de Ipojuca Pontes sobre o presidente Jair Bolsonaro. O texto é de um mês atrás e foi postado no Diário do Poder.

Ele diz que “se passarão décadas, talvez séculos, para que seja possível emergir na vida pública brasileira um fenômeno da dimensão de Jair Messias Bolsonaro”.

E segue: “Tivemos no cenário político pregresso figuras do porte de José Bonifácio, D. Pedro II, Rui Barbosa, o trágico Getúlio Vargas, dentre outros, mas, na soma geral, nenhum que tenha enfrentado com tanto destemor o renhido conflito entre a visão transcendente da vida vivida e o nocivo materialismo marxista, em essência, devorador e estatizante”.

De tão absurdo, cabe perguntar: é fake?

Como parece não ser, perguntamos então: quais são os adjetivos que podem ser usados quando nos referirmos a Ipojuca Pontes?