Neste carnaval sem carnaval, lembro que Tom Jobim também fez frevo. Você sabia?

Neste carnaval sem carnaval, lembro que Tom Jobim também fez frevo. Você sabia?

Neste carnaval sem carnaval, vale ouvir em casa um pouco do vasto repertório carnavalesco. Aliás, vale o ano todo porque é muito bonito e está nas nossas memórias afetivas, desde antigas marchinhas do Rio de Janeiro até – por que não? – hits da axé music.

Na juventude, ouvi muito o frevo baiano. A guitarra incrível de Armandinho, os frevos cantados por Moraes Moreira em cima do caminhão. Fui à Bahia somente para vê-los ao vivo. Eram incríveis. Tinham como matriz o frevo pernambucano.

O frevo pernambucano, na minha opinião, é a mais rica das nossas músicas carnavalescas. Foi tão longe, que já se fundiu ao jazz e ocupou salas de concerto do mundo quando executado pela Orquestra de Spok.

Mestre da Bossa Nova, Tom Jobim ofereceu ao mundo uma versão refinada do samba, mas também fez baião, toada, valsa. Vocês sabiam que há um frevo em sua obra? Pois há. É o Frevo de Orfeu, composto em parceria com Vinícius de Moraes para a peça Orfeu da Conceição.

Vamos, então, ouvir o frevo de Tom Jobim? Segue na versão que, em 1972, Chico Buarque gravou para a trilha do filme Quando o Carnaval Chegar.